sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Os sonhos são mensagens de Deus?

O Conceito da Bíblia
Os sonhos são mensagens de Deus?
HÁ RELATOS de que o inventor Elias Howe concebeu o designda máquina de costura por meio dum sonho. O compositor Mozart revelou que as idéias para muitas de suas obras musicais lhe ocorriam em sonhos. Também, o químico Friedrich August Kekule von Stradonitz alegou ter descoberto a estrutura da molécula do benzeno por intermédio dum sonho. Esses casos não são os únicos. Ao longo da História, diversas culturas atribuíam os sonhos ao sobrenatural. Algumas acreditam que tanto o mundo dos sonhos como o mundo real são verdadeiros.
A Bíblia narra vários relatos em que os sonhos são descritos como uma importante fonte de informações — uma forma divina de comunicação. ( Juízes 7:13, 14; 1 Reis 3:5) Por exemplo, Deus comunicou-se com Abraão, Jacó e José por meio de sonhos. (Gênesis 28:10-19; 31:10-13; 37:5-11) O rei babilônio Nabucodonosor recebeu sonhos proféticos de Deus. (Daniel 2:1, 28-45) Há, então, bons motivos para se crer que mesmo hoje em dia alguns sonhos sejam mensagens de Deus?
Sonhos inspirados por Deus
Na Bíblia, sonhos inspirados por Deus sempre aconteciam por uma razão específica. É verdade que a pessoa que sonhava nem sempre entendia o significado do sonho. Em muitos casos, no entanto, o próprio “Revelador de segredos” deu a explicação a fim de que não houvesse dúvidas quanto ao significado do sonho. (Daniel 2:28, 29; Amós 3:7) Os sonhos inspirados por Deus tinham coerência, o que não acontece com os sonhos normais.
Às vezes, Deus fazia pessoas — não necessariamente seus servos — sonhar a fim de proteger personagens importantes que contribuiriam para o cumprimento de seus propósitos. Por exemplo, os astrólogos que visitaram Jesus quando criancinha não retornaram para visitar o homicida Herodes, como ele havia pedido. Por quê? Eles receberam um aviso por meio dum sonho. (Mateus 2:7-12) Isso deu tempo para José, pai adotivo de Jesus, fugir para o Egito com sua família, obedecendo às orientações também recebidas num sonho. Isso salvou a vida do pequeno Jesus. — Mateus 2:13-15.
Séculos antes, um faraó egípcio havia sonhado com sete espigas de milho grossas e sete vacas gordas que se contrastavam com sete espigas de milho mirradas e sete vacas magras. Com ajuda divina, José interpretou os sonhos corretamente: o Egito usufruiria sete anos de abundância seguidos de sete anos de fome. Saber disso com antecedência permitiu aos egípcios fazerem reservas de emergência. Isso foi providencial, pois preservou os descendentes de Abraão e os levou ao Egito. — Gênesis, capítulo 41; Gên. 45:5-8.
O Rei Nabucodonosor da Babilônia também teve um sonho. Predizia a ascensão e a queda das potências mundiais que afetariam diretamente o povo de Deus. (Daniel 2:31-43) Mais tarde, ele teve outro sonho que previa sua própria loucura e subseqüente recuperação. Esse sonho profético tem um cumprimento maior. Aponta para o estabelecimento do Reino messiânico, por meio do qual Deus vai realizar sua vontade. — Daniel 4:10-37.
E os sonhos de hoje?
De fato, Deus comunicou-se com pessoas por meio de sonhos, mas a Bíblia indica que isso era muito raro. Os sonhos nunca foram a principal forma de comunicação divina. Houve muitos servos fiéis de Deus que não receberam mensagens divinas por meio de sonhos. O fato de Deus comunicar-se por meio de sonhos pode ser comparado com a ocasião em que ele dividiu o mar Vermelho. Sabemos que fez isso uma vez, mas não era comum Deus lidar com seu povo dessa maneira. — Êxodo 14:21.
O apóstolo Paulo reconheceu que nos seus dias o espírito de Deus operava em seus servos de muitas maneiras extraordinárias. Paulo disse: “A um, por intermédio do espírito, é dada a palavra de sabedoria, a outro, a palavra de conhecimento, segundo o mesmo espírito, a outro, a fé, pelo mesmo espírito, a outro, dons de curar, por aquele um espírito, a ainda outro, operações de obras poderosas, a outro, o profetizar, a outro, discernimento de pronunciações inspiradas, a outro, línguas diferentes, e a outro, interpretação de línguas.” (1 Coríntios 12:8-10) Apesar de não serem mencionados de forma específica, sonhos inspirados por Deus eram evidentemente parte integrante dos dons do espírito que vários cristãos receberam, em cumprimento de Joel 2:28. — Atos 16:9, 10.
No entanto, a respeito desses dons especiais, o apóstolo disse: “Quer haja dons de profetizar, serão eliminados; quer haja línguas, cessarão; quer haja conhecimento, será eliminado.” (1 Coríntios 13:8) Obviamente, entre os dons que seriam “eliminados” estão as várias formas de comunicação divina. Depois da morte dos apóstolos, Deus parou de conferir esses dons especiais aos seus servos.
Hoje em dia, os especialistas ainda tentam entender os processos do sonho e verificar se ele tem uma função prática. A Bíblia não faz nenhuma revelação sobre esse assunto. No entanto, ela dá um aviso a todos os que insistem em buscar uma comunicação divina nos sonhos. Em Zacarias 10:2, a Bíblia afirma: “Os adivinhos . . . continuam a falar de sonhos fúteis.” Deus também adverte contra procurar presságios. (Deuteronômio 18:10-12) Em vista desses avisos, os cristãos atuais não esperam receber orientação divina quando sonham. Antes, eles encaram os sonhos apenas como algo que vivenciam enquanto estão dormindo.

Jeová foi deus tribal dos judeus?

O Conceito da Bíblia
Jeová foi deus tribal dos judeus?
EM MUITOS países o nome Jeová é sempre associado com a atual organização das Testemunhas de Jeová. O interessante é que esse nome não aparece apenas em traduções da Bíblia usadas pelas Testemunhas de Jeová, mas também em algumas traduções usadas por outras religiões. A realidade é que o nome Jeová, representado pelo Tetragrama, vem sendo usado por milhares de anos.
Jeová é às vezes chamado de “o Deus de Israel”. (1 Crônicas 17:24) Baseando-se nessas palavras, alguns acham que Jeová era apenas um deus tribal, local, que os hebreus tomaram de outro povo ou simplesmente inventaram e adotaram como deus. Karen Armstrong, escreve no livro A History of God (História de Deus): “[Jeová], deidade tribal dos israelitas, desde o início se apresentou como deus muito agressivo. . . . Mais tarde, os profetas de Israel . . . , por volta do sexto e do sétimo séculos a.C., fizeram desse Deus tribal um símbolo da realidade que foge de toda e qualquer descrição.”
Muitos historiadores religiosos tentam buscar a origem do nome Jeová em fontes cananéias ou egípcias. Outros insistem que “é um antigo nome tribal” e que não se refere ao Deus retratado no “Novo Testamento”. Existe alguma verdade nisso? O que aprendemos ao fazer uma leitura meticulosa da Bíblia?
Jeová — o Deus de todos os povos
A Bíblia reconhece o relacionamento íntimo de Jeová com a nação de Israel. Mas isso de forma alguma o torna um simples deus tribal. O apóstolo cristão Paulo perguntou: “É ele somente o Deus dos judeus? Não o é também de pessoas das nações?” E qual foi a resposta mais do que clara de Paulo? “Sim, também de pessoas das nações.” (Romanos 3:29) A que Deus Paulo se referia? Bem, na mesma carta aos romanos, o nome Jeová aparece 19 vezes. O apóstolo, ao citar as palavras do antigo profeta hebreu Joel, salientou que não apenas os judeus mas “todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo”. — Romanos 10:13; Joel 2:32.
Na realidade, não foram os israelitas que escolheram a Jeová como Deus; foi Jeová que os escolheu como seu povo para cumprirem o seu propósito — preparar o caminho para o Messias. Além do mais, o destino de um deus tribal está interligado com o do seu povo. Uma tribo derrotada significa um deus derrotado. Mas isso não aconteceu com Jeová.
O pacto de Jeová com Abraão entrou em vigor séculos antes da Era Cristã. Prometia bênçãos para os povos de todas as nações, mostrando o interesse de Jeová por toda a humanidade. (Gênesis 12:1-3; Atos 10:34, 35; 11:18) O Rei Davi, de Israel, mostrou que Jeová não era dono só da terra de Israel: “A Jeová pertence a terra e o que a enche, o solo produtivo e os que moram nele.” — Salmo 24:1.
Mais tarde quando Salomão, filho do Rei Davi, dedicou um templo de adoração a Jeová, ele mostrou que havia um meio pelo qual pessoas de coração humilde de todas as nações poderiam se aproximar de Jeová. Na oração de dedicação, Salomão disse: “Também ao estrangeiro que não faz parte do teu povo Israel e que realmente vem duma terra distante . . . e ora em direção a esta casa, que tu mesmo ouças desde os céus, teu lugar estabelecido de morada, e terás de fazer segundo tudo aquilo pelo qual o estrangeiro te invocar; para que todos os povos da terra conheçam o teu nome para te temer assim como teu povo Israel faz.” — 1 Reis 8:41-43.
A nação de Israel é rejeitada
O professor C. J. Labuschagne escreveu o seguinte sobre o relacionamento de Israel com Jeová: “Desde o início da sua história, Israel aprendeu pela experiência como o Deus ‘nacional’ sabia agir de um modo bem não-nacional e até mesmo antinacional.” Prova disso foi o que se deu no primeiro século. A nação de Israel rejeitou o Messias, e Jeová rejeitou a nação de Israel.
Mas nem por isso o nome de Jeová deixou de ser usado. Os cristãos usavam o nome de Jeová. E com o tempo a congregação cristã foi crescendo, composta de pessoas de todas as nações. O discípulo judeu Tiago ao presidir uma assembléia cristã em Jerusalém disse que Deus “voltou a sua atenção para as nações [não-judaicas], a fim de tirar delas um povo para o seu nome”.Depois Tiago, para provar que isso havia sido predito, citou uma profecia do livro de Amós na qual aparece o nome Jeová. — Atos 15:2, 12-18; Amós 9:11, 12.
Ama a todos, abençoa a todos
Outra prova de que Jeová é um Deus universal são as palavras de Paulo: “Não há distinção entre judeu e grego, porque há o mesmo Senhor sobre todos, que é rico para com todos os que o invocam.” (Romanos 10:12) Está mais do que claro: toda a humanidade obediente pode receber as bênçãos de Jeová.
Jeová promete um futuro maravilhoso para todos os seus filhos humanos fiéis e obedientes, independentemente de nacionalidade ou raça. A Palavra de Deus descreve essas pessoas como “as coisas desejáveis de todas as nações”. (Ageu 2:7) São pessoas que chegam a conhecer e a amar a Jeová. O último livro da Bíblia diz a respeito delas: “Virão todas as nações e adorarão perante ti [Jeová], porque os teus justos decretos foram manifestos.” — Revelação (Apocalipse) 15:4.

As religiões são caminhos diferentes que levam a Deus?

O Conceito da Bíblia
As religiões são caminhos diferentes que levam a Deus?
“PARA mim, é inconcebível que o Deus do Universo se revele por meio de uma só religião”, escreveu Marcus Borg. Desmond Tutu, ganhador do prêmio Nobel, disse: “Nenhuma religião pode afirmar ser dona de toda a verdade sobre o mistério” da fé. Um conceito hindu popular é “Jotto moth, totto poth”, que poderia ser vertido como ‘todas as religiões são apenas caminhos diferentes que levam ao mesmo destino’. Os budistas também têm esse conceito. De fato, milhões de pessoas acreditam que todas as religiões são caminhos diferentes que levam a Deus.
O historiador Geoffrey Parrinder declarou: “Tem-se dito às vezes que todas as religiões têm o mesmo objetivo, ou são caminhos equivalentes que levam à verdade, ou mesmo que todas ensinam as mesmas doutrinas.” Os ensinos, os rituais e as deidades das religiões de fato são similares. A maioria das religiões fala de amor e ensina que é errado matar, roubar e mentir. Em quase todos os grupos religiosos, há os que fazem esforços sinceros para ajudar outros. Assim sendo, se a pessoa é sincera na sua religião e procura levar uma vida de boa moral, será que faz diferença a que denominação pertence? Ou: São todas as religiões apenas caminhos diferentes que levam a Deus?
Basta ser sincero?
Analise o caso de Saulo, judeu do primeiro século que se tornou o apóstolo cristão Paulo. Ele era um partidário muito zeloso do judaísmo, o que o levou a tentar exterminar a religião dos seguidores de Cristo, a qual não aprovava. (Atos 8:1-3; 9:1, 2) Mas pela misericórdia de Deus, reconheceu que pessoas muito religiosas como ele talvez tenham zelo por Deus, porém por não estarem a par de todos os fatos, podem estar erradas. (Romanos 10:2) Quando Saulo se inteirou melhor da vontade de Deus e da maneira de Ele agir, mudou e juntou-se à adoração das próprias pessoas a quem perseguira — os seguidores de Jesus Cristo. — 1 Timóteo 1:12-16.
Será que a Bíblia diz que podemos escolher entre centenas de religiões e que, qualquer que seja a nossa opção, ela será aceitável a Deus? O apóstolo Paulo recebeu instruções do ressuscitado Jesus Cristo que indicavam exatamente o contrário. Jesus o enviou a pessoas de todas as nações ‘para abrir os seus olhos, para os desviar da escuridão para a luz e da autoridade de Satanás para Deus’. (Atos 26:17, 18) Isso deixa claro que nem toda religião é aprovada por Deus. Muitos dos a quem Paulo foi enviado já tinham uma religião. Mas eles estavam em “escuridão”. De fato, se todas as religiões fossem simplesmente caminhos diferentes que conduzem à vida eterna e ao favor de Deus, não haveria necessidade de Jesus treinar seus seguidores para a obra de fazer discípulos que ele lhes ordenou que fizessem. — Mateus 28:19, 20.
No seu famoso Sermão do Monte, Jesus disse: “Entrai pelo portão estreito; porque larga e espaçosa é a estrada que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ela; ao passo que estreito é o portão e apertada a estrada que conduz à vida, e poucos são os que o acham.” (Mateus 7:13, 14) A Bíblia diz explicitamente que existe “uma só fé”. (Efésios 4:5) É claro que muitos que estão na estrada “larga” têm uma religião. Mas eles não têm essa “uma só fé”. Visto que existe apenas uma única forma de adoração verdadeira, os que desejarem seguir a verdadeira fé terão de ir em busca dela.
Busque o verdadeiro Deus
Desde o início da história humana, Deus informou aos homens qual era a sua vontade com relação a eles. (Gênesis 1:28; 2:15-17; 4:3-5) Hoje sabemos o que Deus requer de nós mediante a Bíblia, que nos permite distinguir a forma de adoração que é aceitável da que não é. (Mateus 15:3-9) Alguns herdaram a religião dos pais, ao passo que outros seguem a religião da maioria na sua comunidade. Muitos pertencem a determinada religião simplesmente por causa da época e localização geográfica em que nasceram. Mas deve você deixar que o acaso ou outros decidam que religião deve seguir?
Sua escolha de religião deve ser uma opção conscientizada, com base no exame cuidadoso das Escrituras. No primeiro século, houve pessoas instruídas que não aceitaram passivamente os ensinos de Paulo. Elas ‘examinavam cuidadosamente as Escrituras diariamente, para ver se essas coisas eram assim’. (Atos 17:11; 1 João 4:1) Por que não faz o mesmo?
A Bíblia diz que o Deus do Universo está à procura dos que desejam adorá-lo com verdade. Conforme registrado em João 4:23, 24, Jesus explicou: “Não obstante, vem a hora, e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai com espírito e verdade, pois, deveras, o Pai está procurando a tais para o adorarem. Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade.” Somente a “adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai” é aceitável a ele. (Tiago 1:27) Deus abençoou milhões que buscaram a estrada estreita que conduz à vida. Ele não dará vida eterna aos apáticos, mas somente aos que fazem esforço sincero de encontrar o caminho estreito que ele estabeleceu e que o seguem. — Malaquias 3:18.

É errado sentir pesar?

O Conceito da Bíblia
É errado sentir pesar?
“ALÉM DISSO, IRMÃOS, NÃO QUEREMOS QUE SEJAIS IGNORANTES NO QUE SE REFERE AOS QUE ESTÃO DORMINDO NA MORTE, PARA QUE NÃO ESTEJAIS PESAROSOS COMO OS DEMAIS QUE NÃO TÊM ESPERANÇA.” — 1 TESSALONICENSES 4:13.
A BÍBLIA apresenta uma esperança para os que morreram. As ressurreições realizadas por Jesus, bem como os seus ensinos, indicam que haverá um tempo em que os mortos serão trazidos de volta à vida. (Mateus 22:23-33; Marcos 5:35, 36, 41, 42; Lucas 7:12-16) Que efeito essa esperança deve ter sobre nós? As palavras do apóstolo Paulo acima citadas mostram que essa esperança pode nos consolar quando perdemos alguém que amamos.
Se você já passou por essa experiência, sem dúvida sentiu a dor que acompanha tal tragédia. Theresa estava casada havia 42 anos quando perdeu o marido logo depois que ele fez uma cirurgia cardíaca. Ela diz: “Foi um tremendo choque. No início fiquei apavorada. Depois veio uma dor muito grande que se intensificou com o tempo. Eu chorei muito.” Será que essas reações indicam falta de fé na promessa de Jeová de ressuscitar os mortos? Devemos entender pelas palavras de Paulo que é errado sentir pesar?
Exemplos bíblicos de pessoas que sentiram pesar
Podemos encontrar a resposta a essas perguntas examinando exemplos bíblicos de pessoas que sentiram pesar. Há muitos relatos que mostram que a morte de alguém achegado da família era acompanhada por um período de luto. (Gênesis 27:41; 50:7-10; Salmo 35:14) A dor causada por essas perdas com freqüência era muito intensa.
Veja como alguns homens de fé do passado lamentaram a morte de uma pessoa querida. Abraão, por exemplo, tinha forte fé que Deus podia ressuscitar os mortos. (Hebreus 11:19) Mesmo assim, quando a sua esposa morreu, ele “entrou para lamentar Sara e para chorar por ela”. (Gênesis 23:1, 2) Quando os filhos de Jacó mentiram e lhe disseram que seu querido filho havia morrido, Jacó “rasgou as suas capas e . . . continuava a chorar por ele”. (Gênesis 37:34, 35) E mesmo após muitos anos ele ainda lamentava a perda do filho a quem tanto amava. (Gênesis 42:36-38) O Rei Davi também não escondeu a intensa dor que sentiu pela morte de seus dois filhos, Amnom e Absalão. Embora ambos tivessem causado aflição a Davi e sua família, ainda eram seus filhos, e ele lamentou muito a morte deles. — 2 Samuel 13:28-39; 18:33.
Às vezes, a inteira nação de Israel lamentava, como aconteceu por ocasião da morte de Moisés. Deuteronômio 34:8 diz que os israelitas choraram por ele durante 30 dias.
E por fim há o exemplo de Jesus Cristo. Seu querido amigo Lázaro havia morrido. Quando Jesus viu Marta e Maria, irmãs de Lázaro, e os amigos deles chorando, ele “gemeu no espírito e ficou aflito”. Embora ele soubesse que logo traria seu amigo de volta à vida, mesmo assim ‘entregou-se ao choro’. Jesus queria muito bem a Marta e a Maria, por isso ficou muito comovido ao ver a aflição delas com a perda do irmão. — João 11:33-36.
Abraão, Jacó, Davi e Jesus tinham grande fé em Jeová e nas suas promessas, mas nem por isso deixaram de sentir pesar. Será que isso indicava fraqueza espiritual? Revelava falta de fé na ressurreição? De forma alguma! O pesar é uma reação normal diante da morte de alguém que amamos.
Por que sentimos pesar
Nunca foi do propósito de Deus que os seres humanos morressem. O propósito original de Deus, conforme expresso a Adão e Eva, foi que a Terra fosse transformada num belo paraíso habitado por uma família humana feliz e amorosa. A morte só ocorreria se aquele primeiro casal desobedecesse a Jeová. (Gênesis 1:28; 2:17) Infelizmente, Adão e Eva desobedeceram, e o resultado foi que “a morte se espalhou a todos os homens”. (Romanos 5:12; 6:23) Assim, a morte é uma inimiga cruel que nunca deveria ter existido. — 1 Coríntios 15:26.
É por isso que a morte de alguém achegado causa muita dor, deixando um imenso vazio na vida dos que ficam. Theresa, a viúva já mencionada, disse a respeito do marido: “Tenho certeza de que vou revê-lo na ressurreição, mas sinto muita falta dele. Isso é o que mais dói.” A morte do pai ou da mãe talvez nos lembre de que nós mesmos um dia vamos morrer. A morte de uma pessoa jovem é especialmente dolorosa porque uma vida é interrompida de forma trágica quando a pessoa ainda tinha tanto para viver. — Isaías 38:10.
A morte é mesmo algo desnatural. A dor que ela causa é inevitável, e Jeová não encara o pesar como falta de fé na ressurreição. Como vimos pelo exemplo de Abraão, Jacó, Davi, a nação de Israel e Jesus, dar vazão ao sofrimento não é indício de fraqueza espiritual.*
No entanto, embora nós, como cristãos, lamentemos a morte de alguém que amamos, não ficamos pesarosos “como os demais que não têm esperança”. (1 Tessalonicenses 4:13) Não nos entregamos ao desespero porque sabemos qual é a condição dos mortos. Estamos cientes de que eles não estão sofrendo, mas se acham numa condição comparável a um sono profundo e tranqüilo. (Eclesiastes 9:5; Marcos 5:39; João 11:11-14) Temos também plena confiança de que Jesus, que é “a ressurreição e a vida”, cumprirá sua promessa de trazer de volta “todos os que estão nos túmulos memoriais”. — João 5:28, 29; 11:24, 25.
Assim sendo, se no momento você sente pesar, console-se em saber que Jeová compreende sua dor. Que esse conhecimento e a esperança da ressurreição amenizem o pesar e o ajudem a lidar com a sua perda!
[Nota(s) de rodapé]
Para ajudar a lidar com o pesar, veja as páginas 14-19 da brochuraQuando Morre Alguém Que Amamos, publicada pelas Testemunhas de Jeová.

Quem é o anticristo?

O Conceito da Bíblia
Quem é o anticristo?
“OUVISTES QUE VEM O ANTICRISTO.” — 1 JOÃO 2:18.
SE LHE avisassem que viram um criminoso perigoso dirigindo-se para a sua vizinhança, o que faria? Sem dúvida você procuraria saber exatamente como ele é e como age. Ficaria alerta.
Vivemos hoje numa situação similar. O apóstolo João avisou: “Toda expressão inspirada que não confessa a Jesus não se origina de Deus. Além disso, esta é a expressão inspirada do anticristo, de que ouvistes que viria, e agora já está no mundo.” (1 João 4:3) Existe mesmo esse anticristo, inimigo de Deus e enganador de homens, ameaçando o bem-estar de toda a humanidade?
João usou o termo “anticristo” cinco vezes em duas de suas cartas. Esse termo se refere a uma entidade que se opõe ao que a Bíblia ensina sobre Jesus Cristo e inclui impostores que se apresentam como Cristo ou como enviados por ele. A Bíblia fornece informações confiáveis sobre o anticristo. Mas assim como acontece às vezes com criminosos, relatos infundados sobre essa entidade enigmática receberam mais atenção do que a própria verdade.
Identificação errada
Desde os dias do apóstolo João, tem-se alegado que o anticristo por ele mencionado refere-se a um indivíduo específico. Foram aventadas várias possibilidades. Séculos atrás muitos pensavam que o imperador romano Nero era o anticristo. Em tempos mais recentes, a onda de ódio e de terror desencadeada por Adolf Hitler convenceu muitos de que ele era o anticristo. O termo foi aplicado até mesmo ao filósofo alemão Frieddrich Nietzsche. Mas outros acreditam que essa entidade ainda não veio e que virá na forma de um político astuto e cruel, decidido a dominar o mundo. Eles acreditam que a fera de Revelação (Apocalipse), capítulo 13, seja uma referência específica ao anticristo mencionado por João. Dizem que a marca 666 de alguma forma identificará esse futuro expoente do mal.
Os que promovem esses conceitos pressupõem que João falou de apenas um anticristo. Mas o que revelam as palavras do apóstolo? Veja o que diz 1 João 2:18: “Assim como ouvistes que vem o anticristo, já está havendo agora muitos anticristos.” Como diz o texto, “muitos anticristos”, não apenas um, eram responsáveis pela conturbação espiritual no primeiro século. E hoje há não apenas um, mas muitos anticristos que formam a classe do anticristo. Coletivamente, eles têm causado dano espiritual à humanidade. (2 Timóteo 3:1-5, 13) Quem são os que constituem o anticristo?
Vejamos se a fera de Revelação, capítulo 13, faz parte dessa classe. O apóstolo João escreveu: “A fera que vi era semelhante a um leopardo, mas os seus pés eram como os dum urso, e a sua boca era como a boca dum leão.” (Revelação 13:2) O que significam esses elementos?
Os eruditos bíblicos observaram que há uma relação entre ocapítulo 13 de Revelação e o capítulo 7 de Daniel. Daniel recebeu de Deus uma visão de feras figurativas, incluindo um leopardo, um urso e um leão. (Daniel 7:2-6) O que significavam estes, segundo o profeta? Ele escreveu que os animais selvagens simbolizavam reis, ou governos, humanos. (Daniel 7:17) Podemos assim concluir logicamente que a fera de Revelação representa governos humanos. Uma vez que esses governos se opõem ao Reino de Deus, eles fazem parte do anticristo.
Quem mais faz parte do anticristo?
Quando Cristo, o Filho de Deus, esteve na Terra, ele tinha muitos inimigos. E hoje, embora esteja fisicamente fora do alcance deles, ainda tem inimigos. Veja quem está incluído entre esses opositores.
O apóstolo João declarou: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, aquele que nega o Pai e o Filho.” (1 João 2:22) Os apóstatas e os líderes da religião falsa torcem os ensinos claros de Jesus formando um emaranhado de fraude religiosa. Eles rejeitam a verdade da Bíblia e espalham mentiras em nome de Deus e de Cristo. Por meio da doutrina da Trindade, negam a verdadeira relação entre o Pai e o Filho. Assim sendo, eles também fazem parte do anticristo.
Jesus alertou seus discípulos em Lucas 21:12: “As pessoas deitarão mãos em vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões . . . por causa do meu nome.” Desde o primeiro século, os verdadeiros cristãos têm suportado cruel perseguição. (2 Timóteo 3:12) Os que promovem tal tratamento lutam contra Cristo. Eles também são parte do anticristo.
“Quem não está do meu lado é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha.” (Lucas 11:23) Aqui Jesus proclama que todos os que se opõem a ele e aos propósitos divinos que ele apóia caem na categoria do anticristo. Que fim está reservado para eles?
O que espera os anticristos?
‘Deus destruirá os que falam mentira. Jeová detesta o homem que derrama sangue e que engana’, diz o Salmo 5:6. Será que isso se aplica aos anticristos? Sim. O apóstolo João escreveu: “Muitos enganadores saíram pelo mundo afora, pessoas que não confessam Jesus Cristo vindo na carne. Este é o enganador e o anticristo.” (2 João 7) Por terem mentido e enganado as pessoas, o Deus Todo-Poderoso destruirá os anticristos.
Ao se aproximar o tempo para a execução dessa sentença, os verdadeiros cristãos jamais devem permitir que enganos e pressões contra os ensinos de Cristo, especialmente por parte dos apóstatas, enfraqueçam a sua fé. O aviso de João é urgente: “Acautelai-vos para que não percais as coisas que produzimos por trabalho, mas para que obtenhais uma plena recompensa.” — 2 João 8.