sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O divórcio é a saída?

O Conceito da Bíblia
O divórcio é a saída?
NA Grã-Bretanha um sacerdote dá boas-vindas aos presentes para celebrar o sagrado rito de passagem. Diante dele está um casal, com um grupo de amigos e algumas crianças. Outra alegre cerimônia de casamento? De forma alguma! Essa cerimônia celebra o fim de um casamento. Sim, o divórcio tornou-se tão comum que algumas igrejas adotaram liturgias de divórcio!
Está pensando em se divorciar? Se estiver, acha realmente que o fim de seu casamento levará a uma vida mais feliz? Há medidas práticas que poderia adotar para ser feliz com o seu cônjuge?
“Eles têm de tornar-se uma só carne”
Quando Deus uniu o primeiro casal humano, declarou que o homem ‘teria de se apegar à sua esposa, e eles teriam de tornar-se uma só carne’. (Gênesis 2:24) Assim, o casamento deveria ser um vínculo permanente. É por isso que mais tarde Jesus disse que apenas “em razão de fornicação” haveria base para o divórcio bíblico com a possibilidade de um novo casamento. — Mateus 19:3-9.*
Isso enfatiza a necessidade de haver comprometimento no casamento. Mas se os problemas no casamento forem muito sérios?
O divórcio é o proceder sábio?
Jesus forneceu um princípio pelo qual podemos avaliar nossas ações quando disse: “A sabedoria é provada justa pelas suas obras.” (Mateus 11:19) O que indicam os resultados dos inúmeros divórcios atuais por motivos frívolos?
“Os benefícios do divórcio vêm sendo exagerados demais”, diz a professora Linda Waite, socióloga da Universidade de Chicago (EUA), que liderou uma equipe de especialistas num estudo de casamentos infelizes. Similarmente, após uma análise das reações de milhares de pessoas, num período de 11 anos, o professor Michael Argyle, da Universidade de Oxford, Grã-Bretanha, descobriu que “os divorciados ou separados são os mais infelizes na sociedade”. Por quê?
Ao passo que o divórcio talvez elimine alguns problemas, também desencadeia uma série de eventos traumáticos sobre os quais a pessoa terá pouco controle. Na verdade, as pesquisas mostram que o divórcio geralmente não diminui os sintomas de depressão, nem aumenta a auto-estima.
Mesmo que você não tenha um “casamento perfeito”, permanecer com o cônjuge pode ser benéfico. Muitos que tomaram essa decisão encontraram felicidade. A professora Waite declara: “Muitos problemas se resolvem com o tempo, e os casados tendem a ser mais felizes.” De fato, um estudo mostra que cerca de 8 de cada 10 pessoas “muito infelizes” no casamento, mas que não se divorciaram, cinco anos mais tarde se consideravam “muito bem casadas”. Mesmo quando há problemas graves, o casal fará bem em não se divorciar precipitadamente.
Medidas práticas
Quem pensa em se divorciar faria bem em avaliar se suas expectativas com respeito ao casamento são realistas. A mídia promove uma imagem irreal — relacionamentos românticos que culminam em casamentos pomposos com um final feliz. Depois do casamento, as expectativas fantasiosas não-alcançadas resultam em desapontamento e geram conflitos. Aumentando as tensões, segue-se uma série de episódios onde sentimentos feridos dominam as emoções. O amor acaba e, com o tempo, é substituído por raiva e ódio. Sob tais circunstâncias, alguns talvez pensem que a única saída é o divórcio. — Provérbios 13:12.
Não permita que sentimentos negativos afetem seus conceitos. Em vez disso, associe-se com aqueles que levam o casamento a sério. Os cristãos são exortados a ‘persistir em consolar-se uns aos outros e em edificar-se uns aos outros’. (1 Tessalonicenses 5:11) Com certeza, aqueles que estão passando por uma crise no casamento precisam do encorajamento de outros cristãos.
A importância das qualidades espirituais
“Revesti-vos das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade”, admoestou o apóstolo Paulo. (Colossenses 3:12) Qualidades espirituais podem preservar a união marital em períodos de crise no casamento.
Por exemplo, Paulo escreveu: “Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente, se alguém tiver razão para queixa contra outro.” (Colossenses 3:13) O psicólogo Christopher Peterson, da Universidade de Michigan, EUA, diz: “O perdão é a qualidade mais fortemente ligada à felicidade.”
Bondade, ternura e perdão promovem o amor, “o perfeito vínculo de união”. (Colossenses 3:14) É bem provável que no início você estivesse apaixonado pelo seu cônjuge. Será que não é possível reacender esse amor? Não importa a seriedade da situação, não desanime. Existe esperança. Na verdade, permanecer juntos e aplicar os princípios bíblicos poderá resultar numa felicidade jamais imaginada. Certamente, seus esforços neste sentido alegrarão a Jeová Deus, quem instituiu o casamento. — Provérbios 15:20.
[Nota(s) de rodapé]
A congregação cristã das Testemunhas de Jeová respeita o direito do cônjuge inocente de decidir pelo divórcio ou pelo perdão do cônjuge adúltero. Veja a Despertai! de 22 de abril de 1999, páginas 5-9.

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