sexta-feira, 2 de março de 2012

Homossexualismo — qual é a obrigação dos clérigos?

OS HOMOSSEXUAIS que desejam sinceramente servir a Deus vêem-se num dilema. Como disse um deles: “Se você tem um compromisso com a igreja e acontece descobrir que também é gay, quais são suas reais escolhas?”
Muitos homossexuais, a fim de saber o que se exige para agradar a Deus, se têm voltado logicamente para seus clérigos. Dão estes clérigos a orientação correta? Qual é a obrigação deles para com a comunidade homossexual? Qual é o dever básico deles para com todas as pessoas?
Os Sacerdotes Têm a Obrigação de Apoiar as Normas de Deus
A Bíblia expressa-o de forma simples quando diz, a respeito dos antigos sacerdotes, que eles foram ‘designados a favor dos homens sobre as coisas referentes a Deus’. (Hebreus 5:1) Quando Abraão, da antiguidade, serviu sua família deste modo, ele os ajudou a ‘guardar o caminho de Jeová’. — Gênesis 18:19.
Semelhantemente, o sacerdócio do antigo Israel desempenhava um papel crítico em apoiar as normas de Deus. Os sacerdotes tinham por obrigação ajudar aquela nação a ‘continuar como povo de Jeová’. (2 Crônicas 23:16) Atualmente, assim como naquele tempo, os representantes de Deus têm por obrigação ajudar seu rebanho a ‘continuar como povo de Deus’ e a ‘guardar o caminho de Deus’.
Para fazer isso, eles tinham de ensinar a Palavra de Deus ao rebanho. (Malaquias 2:7) Têm os clérigos provado que são ‘mensageiros de Deus’, ajudando as pessoas a ‘guardar o caminho de Deus’? Em geral, não. E isto se evidencia especialmente na questão do homossexualismo.
Mensageiros Falhos, Orientação Perigosa
Falando francamente, a Bíblia condena o homossexualismo. Não importa quantos truques verbais se usem, não se consegue fazer desaparecer textos tais como Levítico 18:22 e Romanos 1:26, 27. (Veja o quadro.) Mas, aliando-se às tendências correntes contra a Bíblia, um jesuíta disse a respeito dos relacionamentos homossexuais: “São a única solução possível para uma porção de pessoas levarem uma vida feliz e significativa.” Um bispo episcopal, seguindo esta mesma linha de raciocínio, chamou o homossexualismo de “algo a respeito do qual [os homossexuais] não têm controle”. Mas a Bíblia diz a respeito de anteriores homossexuais, no primeiro século: “Isso é o que fostes alguns de vós. Mas vós fostes lavados.” — 1 Coríntios 6:9-11.
Alguns desculpam, à base do amor, sua postura contrária às normas da Bíblia. Um sacerdote disse: “O amor, especialmente o amor para com o estranho e o marginalizado, é o teste essencial de nossa vida espiritual.” Ele então concluiu: “O homossexualismo jamais teria sido uma questão para Cristo. A questão para ele teria sido: Será que tais pessoas vivem a sua vida, seja lá o que forem, dum modo verdadeiramente amoroso?”
Mas a Bíblia não confunde amor com sentimentalismo. O amor piedoso é equilibrado pela justiça, e inclui o ódio à maldade. A Bíblia admoesta vigorosamente: “Ó vós amantes de Jeová, odiai o que é mau.” (Salmo 97:10) O verdadeiro amor também inclui a disciplina, pois “Jeová disciplina aquele a quem ama”. (Hebreus 12:6) Por conseguinte, os ministros religiosos têm por obrigação “tanto exortar pelo ensino que é salutar como repreender os que contradizem”. (Tito 1:9) E, lembre-se do seguinte: Quando o sacerdote, na antiguidade, desincumbia-se fielmente de seus deveres, ‘muitos eram os que ele fazia recuar do erro’. — Malaquias 2:5, 6.
Minar as Normas Bíblicas
Mas, em geral, os clérigos atuais são como pais permissivos: eles receiam dar uma surra nos filhos porque ‘isso não seria amoroso’. Durante décadas, os clérigos tem assim minado as normas bíblicas. Com que resultado? “Por não se ter executado prontamente a sentença contra um trabalho mau é que o coração dos filhos dos homens ficou neles plenamente determinado a fazer o mal.” (Eclesiastes 8:11) Por exemplo, muito embora a posição oficial da Igreja Católica seja contra as relações sexuais homossexuais, uma pesquisa indicava que 55 por cento de todos os católicos dos EUA criam que alguém que pratica relações sexuais homossexuais ainda pode ser um bom católico.
Algo similar aconteceu com os antigos israelitas, quando os sacerdotes não apoiavam as normas de Deus. Ele disse a respeito deles: “Ficaram longe de mim . . . E eles não disseram: ‘Onde está Jeová?’ E por quê? Porque “os próprios sacerdotes não disseram: ‘Onde está Jeová?’ E mesmo aqueles que lidavam com a lei não me conheceram”. (Jeremias 2:5-8) O profeta Sofonias disse: “O injusto não conhecia vergonha”, porque “os próprios sacerdotes dela profanavam o que era santo; faziam violência à lei”. — Sofonias 3:1-5.
‘Repudie a Impiedade’
Os homossexuais que quiserem servir a Deus têm de fazê-lo nos termos dele — termos estes que são claramente delineados na Bíblia. Atualmente, assim como no primeiro século, existem homossexuais que têm sido ajudados a ‘amortecer os membros do seu corpo com respeito à fornicação, impureza, e apetite sexual’. (Colossenses 3:5) Admitamos que isto não tem sido fácil para alguns, mas eles aprendem a amortecer seus desejos imorais, assim como muitos heterossexuais têm de amortecer seus desejos errados quanto ao sexo oposto. Ambos os grupos têm também sido ajudados por se associarem regularmente com a verdadeira congregação cristã, que pode apoiá-los em seu alvo de ‘repudiar a impiedade e os desejos mundanos, e a viver com justiça e devoção piedosa’. — Tito 2: 12.
Os clérigos que amainam as normas bíblicas e que transigem quanto ao pecado não fazem nenhum favor aos homossexuais. Eles talvez ‘façam cócegas nos ouvidos’, mas não estão vivendo à altura de sua obrigação de ‘pregar a palavra’. Este é o dever deles para com os homossexuais — e para com todas as pessoas. — 2 Timóteo 4:1-5.
[Quadro na página 13]
“Não te deves deitar com um macho assim como te deitas com uma mulher. É algo detestável.” — Levítico 18:22.
“É por isso que Deus os entregou a ignominiosos apetites sexuais, pois tanto as suas fêmeas trocaram o uso natural de si mesmas por outro contrário à natureza; e, igualmente, até os varões abandonaram o uso natural da fêmea e ficaram violentamente inflamados na sua concupiscência de uns para com os outros, machos com machos, praticando o que é obsceno e recebendo em si mesmos a plena recompensa, que se devia ao seu erro.” — Romanos 1:26, 27.

Homossexualismo — por que não?

“Não creio que Deus realmente se importe com a tendência sexual de alguém. Ele se importa com como levamos nossa vida. E sexo não é o caso.” — Membro dum grupo de homossexuais que estudam a Bíblia.
CRESCENTE número de pessoas aceita o homossexualismo como simples modo de vida alternativo. Será que Deus concorda com isso?
Ao passo que muitos mudaram de opinião e outros estão indecisos, o ponto de vista da Bíblia é bem claro: “Não te deitarás com um homem como se deita com uma mulher. É uma abominação”, diz a Bíblia. (Levítico 18:22, A Bíblia de Jerusalém) Não há desculpas, concessões ou ambigüidade — o homossexualismo é detestável à vista de Deus. Para os antigos israelitas que viviam sob a Lei mosaica, a penalidade era a morte. (Levítico 20:13) E, com o advento do cristianismo, a condenação de Deus ao homossexualismo continuou. — 1 Coríntios 6:9, 10.
Deus se Opõe — Por Quê?
Mas, por que se opõe Deus de forma tão irredutível a isso? Um dos motivos é declarado em Isaías 48:17: “Eu, Jeová, sou teu Deus, Aquele que te ensina a tirar proveito, Aquele que te faz pisar no caminho em que deves andar.” Tais palavras procedem do Autor das leis universais da natureza. Ele conhece nossa constituição física, mental, emocional e espiritual. Ele se opõe ao homossexualismo porque, entre outras coisas, isso não beneficia a pessoa. Um exame da carta do apóstolo Paulo aos cristãos que moravam em Roma confirma isso. Ele escreveu:
“É por isso que Deus os entregou a ignominiosos apetites sexuais, pois tanto as suas fêmeas trocaram o uso natural de si mesmas por outro contrário à natureza; e, igualmente, até os varões abandonaram o uso natural da fêmea e ficaram violentamente inflamados na sua concupiscência de uns para com os outros, machos com machos, praticando o que é obsceno e recebendo em si mesmos a plena recompensa, que se devia ao seu erro. E assim como não aprovaram reter Deus com um conhecimento exato, Deus entregou-os a um estado mental reprovado, para fazerem as coisas que não são próprias.” — Romanos 1:26-28.
Note que o homossexualismo não só é chamado de ‘ignominioso’, “obsceno” e ‘impróprio’, mas também de “contrário à natureza”. Sobre esses versículos, certo relatório da igreja Anglicana diz: “O que Paulo quer dizer com ‘desnatural’ é ‘desnatural’ para a humanidade, no padrão da criação de Deus. Todo comportamento homossexual é uma divergência do projeto da criação de Deus.” O antropologista Weston LaBarre classificou-o de “frustração da natureza biológica essencial da pessoa e de outros”. Isto coincide com o significado da palavra grega usada na Bíblia e traduzida “natural” ou “de acordo com a natureza”.
Não é de surpreender que qualquer “divergência do projeto da criação de Deus” produza resultados ruins (como tem revelado o deplorável registro do homem com o ambiente). Os homossexuais ‘recebem em si mesmos a plena recompensa, que se deve ao seu erro’. Em outras palavras, sua vida torna-se uma vida de aberração sexual desnatural; portanto, uma vida destituída da aprovação de Deus. Ademais, poderão sofrer danos físicos em decorrência de suas perversões.
Maus Frutos
Paulo disse também que os homossexuais ficariam “violentamente inflamados [literalmente, queimados] na sua concupiscência de uns para com os outros”. Ao passo que pensamentos errados podem suscitar desejos errados até em relações heterossexuais, parece que com a perspectiva de relações sexuais depravadas, a lascívia devassa se inflama ainda mais intensamente. “Uma Arriscada Vida de Amor Duplo”, artigo publicado na revista Newsweek, disse: “Homens e mulheres bissexuais igualmente falam com freqüência sobre o estímulo ‘intenso’, a ‘energia diferente’ que sentem com os do seu próprio sexo. James recorda isso como sendo ‘igual a uma queda livre. Era inebriante, uma alucinação’.” Ficando assim inflamados, muitos homossexuais têm múltiplos parceiros (alguns têm centenas), e para alguns sua compulsão os leva a fazer sexo muitas vezes por dia, até mesmo com pessoas completamente estranhas. Essa promiscuidade não só leva a doenças contagiosas, tais como a hepatite, mas fomenta o ciúme, a insegurança e a infelicidade, assim como acontece nos relacionamentos heterossexuais promíscuos.
Uma vez que alguém se sujeita ao “cobiçoso apetite sexual”, ele pode ficar escravizado. (1 Tessalonicenses 4:5) Até que ponto? Referindo-se à AIDS, certo homossexual admitiu: “Mesmo confrontado com uma morte miserável e horrível, o impulso sexual é um impulso forte.” Isso nos faz lembrar da advertência bíblica: “Não deixeis que o pecado continue a reinar em vossos corpos mortais, para obedecerdes aos seus desejos.” — Romanos 6:12.
Uma vez que a imoralidade sexual baseia-se em grande parte na auto-satisfação, ela leva com freqüência a atos mais degradantes. E sendo a natureza humana decaída como ela é, uma vez que o ato se torna comum, sua excitação tende a se desvanecer. Assim, alguns homossexuais se voltaram para o sadomasoquismo e para outras práticas vis. Certo comentário da Bíblia diz que “o efeito de tais paixões vis e desnaturais. . . tenderam a aviltar a mente; a descer o homem abaixo do nível dos animais; a destruir a sensibilidade”. Certo estudioso da Bíblia associou o homossexualismo a “crimes, que eram totalmente incoerentes com a razão, a natureza, e o bem-estar deles mesmos e de outros”.
As Normas Bíblicas Produzem Paz
Podemos ser gratos de que Deus não modifica suas normas só para satisfazer caprichos passageiros ou desejos pervertidos de homens. Assim como ele não aprova a poluição da terra ou a mentira só porque mais pessoas desejam praticá-las, ele não tolera o homossexualismo, apesar de muitos o apoiarem com zelo. Não importa que proceder os homens promovam, Jeová deseja que nós O honremos e tiremos proveito disso.
Felizmente, alguns rejeitaram tais práticas e adotaram o “ensino salutar” encontrado na Palavra de Deus. (1 Timóteo 1:10; 1 Coríntios 6:9-11) Conforme declarou um ex-homossexual praticante: “O que me dá prazer é que agora tenho uma consciência limpa e sei que estou levando uma vida que agrada ao Deus Todo-poderoso.”
[Nota(s) de rodapé]
O homossexualismo é a atividade sexual com alguém do mesmo sexo.
“Homens gay têm uma variedade de problemas de saúde ímpares que se relacionam primariamente com seu estilo de vida sexual.” (Providing Health Care for Gay Men [Prover Cuidados de Saúde a Homens Gay]) Entre tais problemas de saúde encontram-se a candidíase anorretal, a gonorréia retal e oral, o linfogranuloma venéreo, a tricomoníase e a doença de Bowen.
Sadomasoquismo é definido pelo New Collegiate Dictionary de Webster como “a derivação de prazer da dor física ou mental infligida quer a outros, quer a si mesmo”.

Falar em línguas — provém de Deus?

“DIRETAMENTE, passei a sentir nas mãos uma sensação estranha, e . . . ela começou a pulsar! Era como mil — como dez mil — então como um milhão de volts . . . Falei, por cerca de duas horas, numa língua que não conseguia entender.”
Esta experiência bem representa uma das práticas mais debatidas, que muitos associam hoje com a adoração cristã: falar em línguas. Este assunto tem merecido especial interesse por parte de grupos pentecostais e dos movimentos carismáticos em outras Igrejas.
O Dr. Vinson Synan, da Igreja da Santidade, pentecostal, sublinhou o dilema em que se acham os adoradores sinceros quanto ao papel do falar em línguas. Disse ele: “Falar em línguas é algo embaraçoso para nós.” Por quê? O Dr. Synan observou que falar em línguas, hoje em dia, talvez não pareça ter sentido para nós. “Não importa quão embaraçoso seja”, prosseguiu, “a glossolalia [falar em línguas] é o dom que Deus escolheu, em pontos estratégicos da História, para expandir e renovar a Igreja”. — O grifo é nosso.
Um de tais “pontos estratégicos” foi uma ocorrência assaz incomum uns 1.900 anos atrás.
Por Que as Línguas?
Era o Pentecostes do ano 33 EC. Uma mudança devia ocorrer. Um novo pacto deveria substituir o antigo pacto da Lei, judaico. Por que motivo? Para abrir um melhor caminho para se adorar a Jeová Deus. Como podiam as pessoas ver que a bênção de Deus estava sobre esta mudança na adoração? Ele iria empregar um surto de eventos miraculosos, inclusive o falar em línguas, para mover o coração de pessoas inclinadas para a justiça. Estas veriam que o Deus todo-poderoso de seus antepassados deveras conferia então a Sua aprovação aos discípulos de Jesus.
O dom de línguas cumpriu um outro propósito em Pentecostes. Nos dias de Jesus, não existiam a impressão e a radiodifusão, e os registros escritos não eram costumeiros entre o povo comum. Assim sendo, as boas novas da vontade e do propósito de Deus teriam de ser transmitidas pela língua dos crentes. Adoradores de Jeová tinham vindo para a Festa de Pentecostes, em Jerusalém, procedentes de mais de uma dezena de terras, da África, da Ásia, e da Europa, e falavam diversos idiomas. Cerca de 120 discípulos de Jesus também se haviam reunido em Jerusalém. Tais discípulos, capacitados pelo espírito santo de Deus, principiaram a falar em línguas diferentes. Que maravilhoso banquete de boas novas foi servido a uma multidão de adoradores! Estes puderam ‘ouvi-los falar em suas próprias línguas sobre as coisas magníficas de Deus’. — Atos 2:5-11.
Quão eficaz foi este milagre? Três mil ouvintes se tornaram crentes nesse mesmo dia! (Atos 2:41) Retornando a seus lares distantes, estes novos conversos deram então testemunho sobre a adoração verdadeira “até à parte mais distante da terra”. — Atos 1:8.
Apenas um pouco mais de duas décadas depois de Pentecostes, Paulo avisou que o dom de línguas por fim cessaria. (1 Coríntios 13:8) Por que seria isto razoável? Porque os milagres ocorridos em Pentecostes, como confirmação do cristianismo primitivo, tinham cumprido bem seus objetivos, e não mais eram necessários.
Podemos similarmente encarar o caso ocorrido no monte Sinai, mais de 1.500 anos antes disso. Ali, Deus realizou espetaculares sinais miraculosos a fim de inculcar no povo reunido que o pacto da Lei tinha origem divina. Uma vez aceito tal arranjo pelo povo, estes sinais miraculosos específicos deixaram de ser vistos. — Êxodo 19:16-19.
Línguas Hoje em Dia?
Atualmente, muitos acham que estão sendo ajudados pelo espírito santo de Deus a falar em línguas. Como podemos reconciliar isto com a evidência bíblica de que já cessou o dom de línguas?
O falar em línguas geralmente equivale a jorros altamente emocionais de sons que ninguém entende. Assim, isto não pode provir de Deus. Jesus disse que alguns hipócritas religiosos tentariam ligar o nome dele a tais “obras poderosas”, mas ele rejeitou estes “obreiros do que é contra a lei”. (Mateus 7:21-23) E Paulo profeticamente avisou sobre um tempo futuro em que haveria milagres fraudulentos, ou “sinais e portentos mentirosos”. Assim, “todo engano injusto” é uma especialidade do arquienganador, Satanás, o Diabo. — 2 Tessalonicenses 2:8-10.
Sabia que falar em línguas era parte de certas religiões pagãs da Grécia nos dias de Paulo? Seus ritos misturavam o falar em línguas com práticas tais como retalhar a carne e frenética dança em pêlo. Tais exemplos históricos mostram claramente que o falar em línguas pode ocorrer sob influências que não têm nada de sagrado.
Fala a Razão
Se ainda está inseguro quanto à origem do atual falar extasiante em línguas, pondere sobre 1 João 4:1, que diz: “Amados, . . . provai as expressões inspiradas para ver se se originam de Deus.” Sim, prove-as por meio de sóbrio estudo da Palavra de Deus, junto com pedidos de ajuda, em forma de oração. (Atos 17:11) Certifique-se se tais religiões que falam em línguas hoje estão realmente sendo guiadas a “toda a verdade”. — João 16:13.
Quando os cristãos falavam em línguas no primeiro século, isso edificava os ouvintes. A mensagem inspirada devia ser clara e inteligível. — 1 Coríntios 14:26-28.
Aqueles que agora honram a verdade bíblica estão proferindo expressões que ultrapassam a linguagem que procedeu de línguas inspiradas no dia de Pentecostes há muito tempo. Por que isso se dá? Porque estão anunciando o domínio do Reino de Deus, por meio de Cristo, para toda a humanidade obediente, a uma assistência maior e numa forma permanente. A mensagem deles faz parte do registro escrito da Bíblia, e, diferente do falar em línguas dos cristãos do primeiro século, a Bíblia, no todo ou em parte, acha-se disponível em cerca de 1.800 idiomas.

É quente o inferno?

“O HOMEM vai arder, arder, arder!” No auditório escurecido, o anunciante, com sua camisa em chamas, estende os braços e dá alguns passos em direção a seus ouvintes atônitos. Felizmente, essa demonstração dura apenas alguns segundos. Mas, com a ajuda de seu pó inflamável, o pregador conseguiu causar profunda impressão em sua assistência com sua evocação convincente do fogo do inferno.
Iguais a ele, muitos outros instrutores religiosos — especialmente na cristandade — afirmam que Deus reserva este destino eterno para os iníquos. Mas será realmente isto que a Bíblia diz?
Bons e Maus no Mesmo Lugar
“Os ímpios serão lançados no inferno e todas as gentes que se esquecem de Deus.” (Salmo 9:17, Almeida) Aqui, em vez da palavra “inferno”, as traduções mais modernas, tais como A Bíblia de Jerusalém e a do Pontifício Instituto Bíblico (margem) preferiram reter a palavra que aparece no texto hebraico, “Seol” (ou “Xeol”). Mas exatamente a que se refere o termo “inferno”, ou “Seol”?
O livro bíblico de Eclesiastes fornece mais informações sobre o Seol. Diz: “Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol, o lugar para onde vais.” (Eclesiastes 9:10) Se aqueles que estão no inferno, ou Seol, não podem pensar nem saber nada, nem agir, por certo não podem estar sofrendo.
Não é surpreendente, então, que até servos fiéis de Deus tenham ido para o Seol. Jacó pensou que iria para lá quando morresse, e Jó esperava que Deus o escondesse ali, e, assim, pusesse fim a seus sofrimentos. (Gênesis 42:38; Jó 14:13) Teriam estes dois servos fiéis de Deus esperado — ou até pedido — ir para um inferno, que ardia e queimava, junto com os iníquos? Por certo que não!
O Que É o “Fogo”?
Mas como entendemos as palavras de Jesus, quando ele disse que aqueles que não fazem a vontade de Deus irão para “o fogo inextinguível”, ou para ‘a fornalha ardente em que haverá choro e ranger de dentes’? — Marcos 9:43-48; Mateus 13:42.
Ao falar sobre este lugar, Jesus não empregou a palavra “Hades”, o equivalente grego da palavra hebraica “Seol”. Antes, utilizou a palavra “Geena”. Esta palavra se referia a um depósito de lixo perto de Jerusalém, chamado de Vale de Hinom, onde se mantinha uma fogueira acesa para destruir o lixo. Era um termo apropriado para fazer que os ouvintes de Jesus pensassem, não no sofrimento eterno, mas na completa destruição, aniquilamento, pelo fogo.
A Revelação (Apocalipse) dada ao apóstolo João fala de um “lago que queima com fogo e enxofre”, no qual serão jogados todos os que praticam coisas más. (Revelação 21:8) Caso existisse o inferno, teria de ser este, visto que os iníquos vão para lá. Mas este mesmo livro bíblico nos conta que a morte, herdada de Adão, e o Hades, serão lançados neste mesmo lago de fogo. Podem sofrer estas duas coisas abstratas? Não. Mas o fogo ali pode representar, e representa deveras o seu desaparecimento, que ocorrerá uma vez tenham ‘entregue os mortos que há neles’, isto é, depois da ressurreição dos mortos. — Revelação 20:13, 14.
Estes últimos exemplos mostram que o fogo é apenas símbolo do aniquilamento, ou destruição eterna. Assim, não existe sofrimento algum no lago de fogo, ou Geena, assim como não existe no Hades (ou Seol), para onde vão fiéis servos de Deus, bem como gente iníqua. Mas, se formos um pouco mais a fundo no assunto, entenderemos melhor por que não podemos crer ao mesmo tempo no que a Bíblia diz e na existência do inferno de fogo.
Incompatível com a Personalidade de Deus
O que pensaria de genitores que encarcerassem seus filhos, dia após dia, ou até mesmo os torturassem? Se sentiria repulsa a tais atos, não deveria também sentir repulsa a um deus que atormentasse seus filhos para sempre no fogo?
Que o verdadeiro Deus não é assim é depreendido das censuras que dirigiu aos israelitas que ‘queimavam seus filhos e suas filhas no fogo’. Jeová insistiu que isto era uma ‘coisa que ele não havia ordenado e que não lhe havia subido ao coração’. (Jeremias 7:31) Visto que Deus jamais pensara em tais coisas, como poderíamos imaginar que ele criaria um inferno de fogo para suas criaturas? Sim, se a crueldade e a tortura nos causam repulsa, quanto mais devem causar a Deus, que é amor? — 1 João 4:8.
A doutrina do inferno de fogo também se choca com a justiça. Em sua carta aos Romanos, o apóstolo Paulo explica: “O salário pago pelo pecado é a morte.” (Romanos 6:23) Ademais, ele nos diz: “Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado.” Se a morte remove completamente a dívida duma pessoa, por que, então, deveria ela sofrer eternamente por ter passado apenas seu curto período de vida em pecado? — Romanos 6:7.
Assim, A Bíblia mostra que o inferno de fogo, conforme geralmente entendido, não existe. E este conhecimento nos permite travar um relacionamento com Deus baseado em amor, e não no terror. Sugerimos que continue a examinar a Bíblia e aprenda como agradar a Ele devidamente, a fim de situar-se entre aqueles que verão aquele maravilhoso dia em que o Hades, ou Seol, a sepultura comum da humanidade, desaparecerá para sempre. — 1 João 4:16-18.
[Nota(s) de rodapé]
Em Atos 2:31, na citação ali feita do Salmo 16:10, usa-se a palavra grega “Hades” para traduzir a palavra hebraica “Seol”.
Alguns talvez indiquem o que Jesus disse sobre o rico e Lázaro, em Lucas 16:19-31, como prova do inferno de fogo. Mas, estas palavras de Jesus são uma parábola, e, por conseguinte, não devem ser tomadas em sentido literal. Para mais informações, queira ler o livro É Esta Vida Tudo O Que Há?, editado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

É o Natal o seu presente de Deus?

CONSEGUE conceber um ano sem Natal? Ou um 25 de dezembro sem presentes? Ora, até soldados nos campos de batalha têm parado de lutar no dia de Natal e trocado presentes! Milhões de pessoas crêem que o Natal é o presente de Deus para nós. Mas será mesmo?
Relata-se que mais de três, em cada quatro pessoas, em todo o mundo, responderiam que não. Isso o inclui, leitor, se for hindu, budista, muçulmano, judeu, agnóstico, ou ateu — e, nesse caso, nem mesmo acredita que Cristo é o Filho de Deus, e que o Natal supostamente celebra o nascimento de Cristo, deste modo, a missa de Cristo (conforme seu título em inglês, Christmas). Todavia o futuro de todos — sejam cristãos, sejam não-cristãos — está ligado à crença em Cristo.
O Real Presente de Deus Para a Humanidade
Mais de um bilhão de pessoas afirmam reconhecer a Jesus Cristo como Salvador da humanidade. A Bíblia concorda: Jesus era um homem perfeito. Viveu uma vida sem pecado, permanecendo isento de qualquer condição que pudesse justificar a sua morte. Assim, tinha o direito de viver para sempre e de tornar-se pai duma perfeita raça humana.
Mas ele não exigiu esse direito. Antes, morreu como “resgate em troca de muitos” dentre a humanidade existente, legando a perfeição humana e a vida infindável a eles. Por conseguinte, Jesus é o presente ou dádiva de Deus para a humanidade. — Mateus 20:28; 1 Pedro 2:21, 22; Hebreus 2:9, 10.
A sua aceitação deste presente pode trazer-lhe benefícios duradouros. A Bíblia afirma que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna”. (João 3:16) Assim, a fé em Cristo importa muito; sua vida futura depende dela. Não é de admirar que cerca de um quarto da humanidade celebre seu nascimento no Natal. Todavia, nasceu ele realmente no dia de Natal?
Quando Jesus Nasceu?
Quando Jesus nasceu em Belém, “havia também no mesmo país pastores vivendo ao ar livre e mantendo de noite vigílias sobre os seus rebanhos”. (Lucas 2:8-11) Mas naquela região da Palestina a temperatura à noite atinge em média 7°C em dezembro. Há chuvas gélidas em alguns dias. Aqueles pastores não teriam ficado em campo aberto com seus rebanhos, de noite. Seu costume era trazê-los para abrigos cercados.
Também, os pais de Jesus tinham ido a Belém porque César Augusto tinha ordenado um registro em todo o império, “e todos viajaram . . . cada um [para] sua própria cidade”. (Lucas 2:1, 3) Teria o governante romano escolhido um mês frio e chuvoso para exigir que seus súditos muitas vezes rebeldes fizessem viagens longas e penosas? Dificilmente!
Então, quando foi que Jesus nasceu? Existe forte evidência de que a data foi o início de outubro. O profeta Daniel tinha predito que o Messias (Cristo) apareceria no início duma “semana” de sete anos, e seria “decepado [na morte]” no meio dela, ou depois de 3,5 anos, quando padeceria uma morte sacrificial. (Daniel 9:24-27) Jesus tinha “cerca de trinta anos” quando começou seu ministério como o Cristo. Assim, ele tinha cerca de 33 anos e meio quando morreu, por volta do início de abril, ou no dia da Páscoa. (Lucas 3:21-23; Mateus 26:2) Ele completaria 34 anos cerca de seis meses depois, em outubro. Evidentemente, ele não nasceu em dezembro!
Será que o Natal Honra a Cristo?
Mas, por que brigar sobre a data conquanto Cristo seja honrado, e o espírito do Natal seja mantido? Afinal de contas, a festa é sagrada para os adoradores devotados. É época de cantos natalinos e de hinos, uma época de presentes e de reuniões familiares. É uma época nostálgica, um tempo a ser lembrado. Todavia, esse talvez seja o problema.
Com freqüência, as lembranças são de prazeres pessoais que não dizem respeito a Cristo. Os presentes nem sempre expressam o prazer de dar, mas, em vez disso, o prazer de receber. Daí há os festejos excessivos e a crescente comercialização do evento. Este é o espírito que torna popular o Natal, mas não honra a Cristo.
Por conseguinte, surge a questão: Será o Natal até mesmo cristão?
As Raízes do Natal
Uma celebração correspondente era guardada pelos politeístas adoradores do sol. De acordo com The Encyclopedia Americana (Enciclopédia Americana), tais pessoas, no norte da Europa, “celebravam sua festa principal de Yule [Natal] no solstício hibernal, para comemorar o renascimento do sol . . . As Saturnais romanas . . . também aconteciam nessa mesma época, e pensa-se que alguns costumes do Natal estão arraigados nesta antiga celebração pagã. Alguns peritos sustentam que o nascimento de Cristo como ‘Luz do Mundo’ se tornou análogo ao renascimento do sol, a fim de tornar mais significativo o cristianismo” para os conversos que antes honravam, por meio de tais festas, a seus próprios deuses míticos.
Os seguidores de Jesus, contudo, não realizavam comemoração de qualquer espécie do aniversário de Cristo — nem em 25 de dezembro, nem mesmo em outubro. E isto se deu até por volta de meados do quarto século. Orígenes, historiador do terceiro século, escreveu que, “dentre todas as pessoas santas nas Escrituras, não se registra que nenhuma delas tenha guardado . . . [um] aniversário natalício. São apenas os pecadores (como Faraó e Herodes) que fazem grandes festejos quanto ao dia em que nasceram”. (Gênesis 40:20-23; Marcos 6:21-28) De acordo com a Cyclopedia de McClintock e Strong, os judeus dos tempos bíblicos “consideravam as celebrações de aniversários natalícios como parte da adoração idólatra”.
Poderia Cristo ser honrado por festas que visavam originalmente deuses míticos e a adoração idólatra? A Bíblia responde: “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois . . . que acordo tem o templo de Deus com os ídolos?” (2 Coríntios 6:14-16) Revestir festas idólatras com um nome cristão não faz com que elas se harmonizem com Cristo.
Aprecie Realmente o Presente de Deus
Não é de admirar que Jesus não ordenasse uma comemoração de seu nascimento! Mas, ele deveras deu início a uma obrigatória Comemoração de sua morte. (1 Coríntios 11:23-26) Ele morreu para que você, leitor, pudesse ter vida. E poderá mostrar apreço por isto, e verdadeiramente honrá-lo por não ir além das instruções dele. Como ele disse: “Quem tem os meus mandamentos e os observa, este é o que me ama. Por sua vez, quem me ama, será amado por meu Pai.” — João 14:21.
Tal obediência é ainda mais vital, porque Jesus agora não mais é um bebê, nem um Salvador morto. Ele foi ressuscitado para a vida imortal no terceiro dia após a morte, e lhe foi dada “toda a autoridade no céu e na terra”. Como o Governante legítimo da humanidade, ele em breve removerá todas as causas de pesar, de modo que aqueles que verdadeiramente o amam possam receber a dádiva de vida eterna numa Terra paradísica. — Mateus 28:19, 20; Atos 2:22-36; Romanos 6:23; Revelação 21:1-5.
Sim, Cristo, e não o Natal, é o presente de Deus.

Sabe qual é a origem destes costumes natalinos?

Arraigado na Mitologia
□ A celebração do aniversário natalício era comum em muitas culturas politeístas. Realizavam-se ritos idólatras em honra dos deuses padroeiros de cada aniversário natalício específico, e os aniversários de deuses míticos, como Saturno e Apolo, também eram celebrados. Declara o Dr. John C. McCollister em seu livro The Christian Book of Why (O Livro Cristão dos Porquês): “Os cristãos do primeiro século não celebravam a festa que honrava o nascimento de Jesus — pelo mesmo motivo que não honravam nenhum outro aniversário natalício. Era a sensação naquela época, por parte de todos os cristãos, de que a celebração de todos os aniversários natalícios (mesmo o do Senhor) era um costume dos pagãos.”
□ Os povos antigos achavam que certas plantas sempre-verdes, como o visco e o azevinho possuíam grandes poderes mágicos. Decoravam suas casas com elas, para afastar espíritos maus e feiticeiras. Este costume se desenvolveu nos enfeites natalinos.
□ Na maioria das culturas politeístas se veneravam árvores. Cria-se que bosques sagrados fossem habitados por espíritos dos ancestrais, e eram-lhes oferecidos presentes em troca de favores. Isto ainda é feito na África Ocidental.
□ O costume natalino europeu, de queimar enorme . . . tronco de árvore na lareira, pode ser remontado aos escandinavos, que acendiam enormes fogueiras em honra a seu deus do trovão, Tor.
□ O costume de dar presentes, em vez de copiar os presentes oferecidos pelos chamados sábios, ou astrólogos, realmente se baseia no costume romano pagão de dar presentes, por ocasião das saturnais (festa que honrava o deus Saturno) e das celebrações das calendas (Ano-novo).

É a sua religião suficientemente boa para Deus?

“CADA homem pode ser salvo como bem entender”, jactava-se Frederico II, o Grande, da Prússia, sobre a tolerância religiosa em seu país. ‘Agora, dois séculos depois, os alemães citam as palavras dele, como se fossem um escrito sagrado, para provar que todas as religiões são apenas diferentes caminhos que levam ao mesmo Deus.
‘Afinal de contas’, argumentam, ‘só existe um Deus, não é mesmo?’ Mas, se assim fosse, por que estes vários caminhos que supostamente levam ao mesmo Deus ensinam coisas tão contraditórias a respeito dele? Como isto se harmoniza com ser ele ‘um Deus, não de desordem, mas de paz’? — 1 Coríntios 14:33.
Muitos “Deuses” e Muitos “Senhores”?
Na verdade, disse o apóstolo cristão, Paulo: “Sabemos que . . . não há Deus, senão um só.” Mas observe a explicação: “Pois, embora haja os que se chamem ‘deuses’, quer no céu, quer na terra, assim como há muitos ‘deuses’ e muitos ‘senhores’, para nós há realmente um só Deus, o Pai.” (1 Coríntios 8:4-6) Como é evidente, o argumento de Paulo é que algumas pessoas adoram a deuses inexistentes. Mas os cristãos consideram que apenas um único Deus é merecedor de adoração, aquele “cujo nome é Jeová”. — Salmo 83:18.
“Um Só Deus, o Pai”
Um pai humano, interessado no bem-estar de seus filhos, e desejoso de protegê-los do perigo, fixa orientações e princípios para eles seguirem. Ao passo que leva amorosamente em conta as necessidades e as limitações individuais deles, o pai, todavia, requer que todos eles obedeçam ao mesmo conjunto de normas.
Ainda que encare toda pessoa como um indivíduo diferente, o Pai celeste da humanidade exige que todas as suas criaturas obedeçam às mesmas leis e vivam de acordo com os mesmos princípios. Tais princípios não variam de uma pessoa para outra, ou de um país para outro. Afinal de contas, se é pecado para um católico praticar aborto, será que não o seria para o membro de uma igreja protestante liberal? Ou, se é pecado para um fundamentalista americano ingerir bebidas alcoólicas, não o seria para o católico europeu que bebe cerveja ou vinho às refeições?
Os Frutos Determinam a Verdadeira Religião
Depois que o reino setentrional das dez tribos de Israel caiu diante da Assíria, no oitavo século AEC, algumas pessoas de outras partes do domínio assírio foram transferidas para Samaria. Estes novos residentes prosseguiram agindo “segundo as suas religiões anteriores”. Mas, eram tais religiões caminhos alternativos que levavam ao verdadeiro Deus, Jeová? Não, pois o texto declara expressamente: “Não havia quem temesse a Jeová e quem fizesse segundo os seus estatutos e as suas decisões judiciais.” — 2 Reis 17:34.
Logicamente, as religiões que ignoram as leis de Deus não podem agradar a Deus. Isto inclui o princípio expresso por Jesus: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” Como poderia uma religião representar o “Deus [que] é amor” se seus membros não produzem este fruto identificador da verdadeira religião? — João 13:35; 1 João 4:8.
Uma religião que realmente representa o único Deus verdadeiro tem de produzir pessoas que sejam semelhantes a ele: amorosas, alegres, pacíficas, longânimes, benignas, bondosas, brandas, e possuidoras de autodomínio. (Gálatas 5:22, 23) Tem de produzir pessoas dotadas de forte fé, que firmemente sustentam seus padrões de conduta e de moral. “Pelos seus frutos os reconhecereis”, disse Jesus, usando o exemplo duma árvore. ‘Apenas aqueles que fizerem a vontade de Deus poderão entrar no reino dos céus.’ Caso uma religião produza pessoas que dão maus frutos, o que a recomenda como sendo boa? — Veja Mateus 7:16-23.
Pergunte a si mesmo: A maioria das religiões ensina que é errado matar, mas o que fazem os membros delas num tempo de guerra? A maioria delas ensina que o casamento é uma instituição sagrada, mas qual o desempenho de seus membros no que tange ao divórcio, e ao sexo pré-marital e extramarital?
Palavras Versus Ações
Em 1982, um professor de física duma universidade da Europa Oriental declarou, ao se tornar Testemunha de Jeová: “Descobri que só existe uma organização religiosa na Terra capaz de definir com clareza os limites da liberdade relativa. O que especialmente me convenceu, durante o estudo que fiz com as Testemunhas de Jeová, é que esta organização dispõe da força moral para requerer de seus membros que eles permaneçam dentro destes limites.”
Podem outras religiões dizer isso? Por exemplo, durante sua mensagem de Natal de 1986, o Papa João Paulo II pediu o fim do ódio, dizendo que “apenas o amor pode transformar a face de nosso planeta”. Mas que êxito tem obtido a Igreja Católica em conseguir isto, dentro de suas próprias fileiras? E, se todas as religiões forem apenas caminhos diferentes que levam ao “Deus de paz”, por que existe tão pouca paz entre os membros delas? — Filipenses 4:9.
Eles Encontraram a Resposta
Kurt ficou desanimado com sua religião porque “permitia quase tudo e colocava de lado o estudo sério da Palavra de Deus”. Dieter ficou chocado ao descobrir que seu pastor nem mesmo crê na Bíblia. Günter julgava que “servir a Deus tinha de envolver mais do que apenas escutar sermões e cantar hinos”. Todos os três agora derivam satisfação em participar no amplo programa de treinamento bíblico realizado pelas Testemunhas de Jeová.
Não permita que o modo de pensar do mundo o leve a crer que ‘todos podem ser salvos do seu próprio modo’. O estudo da Bíblia o ajudará a aprender mais sobre Jeová, o único Deus verdadeiro, e sobre Jesus Cristo, seu Filho. Também o conduzirá à única religião verdadeira que representa condignamente a Ele.

É antiquado o Velho Testamento?

▪ “O Velho Testamento prega o ódio e a vingança, ‘olho por olho e dente por dente’. Tudo isso foi substituído pelo Novo Testamento, que ensina o amor e o perdão.”
▪ “O Velho Testamento simplesmente não é relevante para os cristãos modernos, assim sendo, não é mais necessário lê-lo!”
JÁ SE pegou alguma vez repetindo as acusações acima, ou ouviu outrem apresentá-las? Está o Velho Testamento (Escrituras Hebraicas) realmente morto, sendo antiquado, e tendo sido substituído pelo Novo Testamento (Escrituras Gregas Cristãs)? O que diz a própria Bíblia?
É interessante que o Novo Testamento deveras indica que o pacto da Lei, um contrato que Deus fez com o antigo Israel, tornou-se obsoleto e, assim, não é obrigatório para os cristãos. (Efésios 2:15; Hebreus 8:13) Este pacto da Lei acha-se incluído no Velho Testamento. Mas o Velho Testamento abrange muito mais do que o pacto da Lei!
Há três componentes do Velho Testamento que o tornam importante para você. Quais são? (1) História relevante, (2) poesia edificante, e (3) profecias que inspiram fé, sendo todos estes de imenso valor para os cristãos hodiernos. Considere só como isto se dá.
História Bíblica
Os primeiros 17 livros do Velho Testamento, de Gênesis a Ester, incorporam um registro histórico dos modos como Deus lidou com o homem, desde a criação deste até o quinto século AEC. Mas isto não é simples história morta! Como escreveu o apóstolo cristão Paulo: “Ora, estas coisas [descritas no Velho Testamento] lhes aconteciam como exemplos e foram escritas como aviso para nós [cristãos], para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas.” — 1 Coríntios 10:11.
Por que encarava Paulo esta história como pertinente para os cristãos, apesar de terem decorrido séculos? Dito de forma bem simples: Porque, assim como a natureza humana não mudou com o passar dos anos, tampouco o próprio Deus mudou. (Malaquias 3:6) Tiago, o discípulo cristão, disse a respeito de Jeová Deus: “Com [ele] não há variação da virada da sombra.” (Tiago 1:17) A sombra projetada pelo sol varia de um mínimo, ao meio-dia, até seu limite máximo, ao pôr-do-sol. Mas Jeová é diferente; sua personalidade é imutável.
Assim, podemos aprender muita coisa da história sobre os modos como Jeová lidou com os patriarcas, com Israel no mar Vermelho e no deserto, e com muitos outros povos. Por exemplo, assim como Deus ficava ofendido quando os israelitas praticavam a idolatria ou cometiam fornicação, assim também ele se desagrada quando os cristãos se empenham em tal conduta. (1 Coríntios 10:1-12) Até o pacto da Lei, embora não seja obrigatório para os cristãos, fornece valioso conhecimento penetrante da personalidade de Jeová, através de seus princípios subjacentes.
A Poesia e a Profecia Bíblicas
Os próximos cinco livros, de Jó até O Cântico de Salomão, são livros poéticos. Mas estes livros são muito mais do que simplesmente uma boa literatura, pois seu conteúdo é espiritualmente edificante, e, muitas vezes, baseia-se em eventos históricos. Quem é que nunca ficou emocionado com os Salmos? E quem não consegue ver os conselhos práticos, contidos no livro de Provérbios, sobre a honestidade, o ciúme, e outros assuntos relativos às emoções humanas? (Provérbios 11:1; 14:30) Sem dúvida, estes livros são proveitosos hoje, assim como eram quando foram escritos.
Os últimos 17 livros do Velho Testamento, de Isaías a Malaquias, são livros proféticos. Contêm as proclamações dos antigos profetas hebreus, e fornecem vívidas descrições da vinda terrestre do Messias, com séculos de antecedência. Os relatos dos Evangelhos, no Novo Testamento, mostram o cumprimento de dezenas destas profecias, até mesmo nos mínimos detalhes. Por certo, uma consideração da exatidão destas profecias fortalece nossa fé em Jesus Cristo, como aquele que foi enviado por Deus para libertar a humanidade!
É Contraditório?
Mas será possível conciliar as diferenças entre o Velho Testamento e o Novo Testamento? Ilustremos: Um pai pode disciplinar seus dois filhos de forma diferente, porque cada filho tem personalidade distinta. Similarmente, o tom dos conselhos — contidos no Velho Testamento — dados por Jeová a Israel, uma nação de pessoas dedicadas a Ele desde que nasceram, teria de diferir do tom dos conselhos encontrados no Novo Testamento, para a congregação cristã, um grupo de pessoas devotadas a ele por livre escolha.
Assim, um exame detido da Bíblia mostra que estas duas seções não são contraditórias, mas, em vez disso, que elas se complementam. Ambas as partes são necessárias para que ‘o homem de Deus seja plenamente competente’. — 2 Timóteo 3:16, 17.
Por exemplo, será que o Velho Testamento realmente dá margem à vingança pessoal, enquanto que o Novo Testamento condena isto? De jeito nenhum! Ambos recomendam o amor para com os inimigos da pessoa, indicando que a vingança está reservada para Deus. (Compare Deuteronômio 32:35, 41 e Provérbios 25:21, 22 com Romanos 12:17-21.) Com efeito, quando o Velho Testamento fala de ‘olho por olho e dente por dente’, ele não está tratando da retaliação pessoal, mas sim da compensação justa, segundo imposta por um autorizado tribunal de justiça. — Êxodo 21:1, 22-25.
Não, o Velho Testamento não é obsoleto nem contraditório. A Bíblia testifica que o Velho Testamento é tão vivo e tão relevante para os cristãos hoje quanto o Novo Testamento. Lembre-se das palavras de Jesus Cristo: “O homem tem de viver, não somente de pão, mas de cada pronunciação procedente da boca de Jeová.” E isso inclui não só as Escrituras Gregas Cristãs, mas também as Escrituras Hebraicas. — Mateus 4:4; compare com Deuteronômio 8:3.