sexta-feira, 2 de março de 2012

Devem os cristãos utilizar o rosário?

“MARIA e o Rosário são os melhores modos de a pessoa se achegar ao Deus Onipotente em oração.” — João.
“Se precisar de qualquer ajuda de Maria, ela seria mui eficazmente obtida pela utilização do Rosário. Eu jamais iria a parte alguma sem ele!” — Carlos.
“Fomos ensinadas que é preciso orar a Deus por intercessão de Maria.” — Jeannine, ex-freira católica.
Existe real base para tal confiança segura no Rosário? Será que Deus, Cristo ou Maria recomendaram sua utilização? O que dizem a História e a Sagrada Palavra de Deus a respeito disso?
A maioria das pessoas que utilizam o Rosário crê que tal prática se originou do cristianismo. No entanto, a evidência histórica revela que tal costume de recitar orações e de contá-las num colar de contas antecede o começo do cristianismo. Comentando a origem do Rosário, The World Book Encyclopedia (Enciclopédia do Livro Mundial) relata: “As contas de oração tem origem antiga e é provável que tenham sido inicialmente utilizadas pelos budistas. Tanto os budistas como os muçulmanos utilizam-nas em suas orações.” The Catholic Encyclopedia (A Enciclopédia Católica) reconhece que as contas de oração eram universalmente conhecidas de não-cristãos durante séculos e que estavam em uso muito antes de a Igreja Católica adotar o Rosário.
Maria e o Rosário
Maria é chamada de “Rainha do Santo Rosário”. Credita-se a ela a admoestação aos católicos para que “Rezem o Rosário”. O Rosário mais comum, o “Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria”, remonta ao século 12 EC e alcançou sua forma definitiva no século 15. O Rosário e Maria andam de mãos dadas, visto que ela é encarada como a promotora do Rosário, e aquela a quem se atribui a máxima importância na prece.
Por que se dá tanta ênfase a Maria e ao Rosário? Em resposta, as autoridades católicas apontam o que o anjo Gabriel lhe disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo.” (Lucas 1:28, Bíblia Vozes) Maria avaliava que sua parte na concepção e no nascimento de Jesus, embora importante, era insignificante quando comparada com a posição exaltada que havia de obter o Filho que ela teria. A respeito dele, o anjo Gabriel prosseguiu dizendo: “Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. . . . Seu reino não terá fim.” — Lucas 1:32, 33, BV.
Note que a atenção se focalizaria, não em Maria, mas no Filho que ela conceberia — Jesus. Era ele quem seria grande e que governaria como Rei. (Filipenses 2:9, 10) Não se diz nada sobre a designação de Maria como a “Rainha do Santo Rosário”. Maria, contudo, recebeu deveras uma bênção; ela se tornou a mãe de Jesus. — Lucas 1:42.
Maria não era uma mulher ambiciosa, que procurava destaque. Ela estava feliz e contente de ser uma humilde adoradora do Deus Altíssimo. Sua disposição mansa e submissa é revelada pela resposta que deu ao anjo Gabriel, quando disse: “Eu sou a serva do Senhor.” (Lucas 1: 38, A Bíblia de Jerusalém) No decorrer de sua vida, Maria provou-se uma sincera mulher de fé, amante da justiça, uma discípula leal e fiel de Jesus Cristo, que se juntou a seus co-adoradores para orar humildemente ao Deus Onipotente. Os cristãos primitivos oraram junto com Maria, e não a Maria. — Atos 1:13, 14.
A Oração e o Rosário
Os cristãos encaram a oração como uma valiosíssima provisão do Criador — uma verdadeira dádiva, a ser altamente prezada. A oração significa falar respeitosamente com o Deus Onipotente. Ela deve transmitir nossos sentimentos mais íntimos e nossos pensamentos provindos do coração. “A oração deve ser uma expressão da amizade da pessoa com Deus”, diz a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica). Fazer uma petição a Deus jamais deve tornar-se uma rotina sem sentido, nem devemos ater-nos rigidamente a algum conjunto favorito de palavras decoradas. — Mateus 6:7, 8.
Contribui o Rosário para tais orações significativas? Jeannine observou que recitar “Ave-marias” no Rosário “tornou-se uma repetição inconsciente”. Repetir as mesmas palavras no Rosário não a conduziram a mais perto de Deus. Disse outra ex-freira católica, Lídia: “Não achei nada instrutivo recitar o Rosário. Teria preferido ler livros sobre religião.” Orações repetitivas não servem para nada, visto que Deus prometeu: “Antes que tenham invocado, eu já os atenderei.” (Isaías 65:24, BV; Mateus 6:7, 8, 32) O Deus Onipotente aprecia e responde as petições feitas com a motivação correta, e que provem dum coração honesto e sincero. O Rosário deveras não ajuda a pessoa a achegar-se a Deus por meio de orações significativas, provindas do coração. — Salmo 119:145; Hebreus 10:22.
Como Achegar-se a Deus
O único meio aceitável de obter acesso ao “Ouvinte de oração” é mediante Jesus Cristo. (Salmo 65:2) Jesus ensinou claramente: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (João 14:6, BJ) Maria não foi convidada a partilhar desta responsabilidade e servir como intercessora. Caso se tivesse concedido a Maria este privilégio ímpar, certamente Jeová teria tornado isto conhecido. — Hebreus 4:14-16; 1 João 2:1, 2.
O Rosário e a recitação de orações decoradas se originaram fora dos países professamente cristãos. Orar a Maria ignora aquilo que Jesus ensinou, de que ‘ninguém pode ir ao Pai a não ser por ele’. Assim, o Rosário e Maria não são o modo de Deus de uma pessoa se chegar a Ele em oração.

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