sexta-feira, 2 de março de 2012

Será que a ciência tornou obsoleta a Bíblia?

SERÁ que a ciência, com seu entendimento avançado sobre o universo, transformou a Bíblia numa coleção de mitos e lendas? Muitas pessoas, hoje em dia, acham que sim. O que pensa o leitor?
Talvez, como muitos, foi-lhe ensinado a pensar dessa forma, desde a juventude, e nunca realmente questionou tal idéia. Nós o convidamos a questioná-la agora. Considere apenas um exemplo, uma declaração feita na Bíblia sobre o universo natural. Tal declaração não só contradizia categoricamente o que os peritos daqueles dias afirmavam, mas contradizia o que os peritos ainda diziam, milênios depois.
A Questão da Gravidade
Sobre o que repousa a Terra? O que sustenta a lua, o sol e as estrelas? Estas perguntas intrigaram os humanos por milhares de anos. No que tange à Terra, a Bíblia tem uma resposta simples. Em Jó 26:7, ela afirma que Deus “suspende a terra sobre o nada”. No hebraico original, a palavra para “nada” (beli-máh) usada aqui, significa literalmente “nenhuma coisa”, e esta é a única vez em que ela ocorre na Bíblia. O quadro que ela apresenta da Terra cercada pelo espaço vazio é reconhecido por peritos como uma “visão notável”, especialmente para o seu tempo.
Não era assim, de jeito nenhum, que a maioria das pessoas visualizava o cosmos naqueles dias. Um conceito antigo era de que a Terra era sustentada por elefantes, que estavam em pé sobre as costas de uma gigantesca tartaruga.
Aristóteles, famoso filósofo e cientista grego do quarto século AEC, ensinava que a Terra jamais poderia estar suspensa no espaço vazio. Antes, ele ensinava que os corpos celestes se achavam, cada um deles, fixados à superfície de esferas sólidas e transparentes. Uma esfera aninhava-se no interior de outra esfera. A Terra era a mais interior de todas; a esfera mais externa sustentava as estrelas. À medida que as esferas giravam uma dentro da outra, os objetos nelas contidos — o sol, a lua e os planetas — percorriam o céu.
A declaração da Bíblia, de que a Terra acha-se realmente ‘suspensa sobre o nada’, antecedia Aristóteles em mais de 1.100 anos. Todavia, Aristóteles era considerado o mais destacado pensador de seus dias. Seus conceitos ainda eram ensinados como fato quase 2.000 anos após a sua morte! E, como diz The New Encyclopædia Britannica, nos séculos 16 e 17 EC, os ensinos de Aristóteles “granjearam a condição de dogma religioso” aos olhos da igreja.
Giordano Bruno, filósofo do século 16, ousou questionar o conceito de que as estrelas “estão como que embutidas numa única cúpula”. Ele escreveu que essa era “uma noção ridícula, que as crianças poderiam conceber, talvez imaginando que, se [as estrelas] não fossem presas à superfície celeste com uma boa cola, ou presas com os mais fortes pregos, elas cairiam sobre nós, como saraiva”. Mas discordar de Aristóteles era um jogo perigoso naqueles dias — a igreja mandou que Bruno fosse queimado vivo por disseminar suas idéias não-ortodoxas sobre o universo.
Na Sopa Cósmica
Com a invenção do telescópio, um crescente número de astrônomos começou a questionar Aristóteles. Se o sol, a lua e as estrelas não estavam presas a esferas que giravam ao redor da Terra, então o que poderia sustentá-las lá em cima e fazê-las mudar de posição? René Descartes, matemático do século 17, pensou ter uma resposta. Ele concordava com Aristóteles de que o espaço entre nós e os outros corpos celestes não poderia estar vazio. Assim, formulou a hipótese de que o universo estava cheio dum líquido transparente — uma espécie de sopa cósmica.
Esta teoria parecia equacionar dois problemas. Por um lado, fornecia algo que ‘sustentava’ os corpos celestes; eles estavam todos suspensos na sopa! Por outro lado, ajudava a explicar os movimentos dos planetas. Descartes alegava que os planetas estavam sob o controle de redemoinhos, ou vórtices, no líquido, que os fazia girar em suas órbitas. Esta “Teoria dos Vórtices”, como era chamada, talvez nos deixe hoje assombrados como um tanto imaginosa. Mas, era a teoria dominante no estudo do universo durante mais de um século, em alguns países.
Muitos cientistas preferiam-na à teoria mais recente: A lei da gravitação universal de Isaac Newton, publicada em 1687. Newton asseverava que os planetas não precisavam de objetos ou de substâncias mecânicos, tangíveis, para sustentá-los. Era a força da gravidade que governava os movimentos deles, e os mantinha em suas órbitas. Com efeito, eles estavam suspensos sobre o nada, em espaço vazio. Muitos dos colegas de Newton zombavam de sua noção de gravidade. E até o próprio Newton achou difícil de crer que o espaço era um vazio, desprovido de substância em sua maior parte.
Sem embargo, os conceitos de Newton por fim predominaram. Atualmente, é fácil demais esquecer-nos de que esta questão do que sustenta os planetas suscitou ardentes debates entre os doutos e brilhantes cientistas cerca de 32 séculos depois de a Bíblia declarar com elegante simplicidade que a Terra está ‘suspensa sobre o nada’. Como poderia Jó saber disso, de modo a frasear as coisas exatamente desse modo? Por que diria ele que nenhuma substância sustenta a Terra, quando os “peritos” levaram bem mais de 3.000 anos para chegar à mesma conclusão?
Por Que a Bíblia Está Tão Adiante de Seus Tempos?
A Bíblia fornece a resposta lógica. Em 2 Timóteo 3:16, lemos: “Toda a Escritura é inspirada por Deus.” Assim, a Bíblia não é produto de sabedoria humana, mas, antes, é uma transmissão exata dos pensamentos do Criador para nós.
É vitalmente importante que o leitor verifique por si mesmo se a afirmação da Bíblia é verídica. (1 Tessalonicenses 2:13) Desse modo, poderá ter acesso aos pensamentos do Ser que nos projetou e criou. Que melhor fonte poderia existir, para nos contar o que o futuro tem em reserva e como levar uma vida feliz e produtiva neste mundo atribulado?
[Nota(s) de rodapé]
O Theological Wordbook of the Old Testament (Glossário Teológico do Antigo Testamento) diz: “Jó 26:7 apresenta de forma notável o mundo então conhecido como suspenso no espaço, deste modo antecipando essa futura descoberta científica

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