sexta-feira, 2 de março de 2012

O que Deus pensa sobre o uso de objetos religiosos nas orações?

No budismo, hinduísmo, islamismo, judaísmo, catolicismo romano e na ortodoxia oriental é comum o uso de objetos religiosos para ajudar nas orações. Por essa razão, milhões de pessoas em quase todos os países acreditam que tais itens as ajudam a se aproximar de Deus, obter seu favor ou receber suas bênçãos. Mas o que a Bíblia ensina?
O USO de objetos para ajudar nas orações remonta a milhares de anos. Por exemplo, no lugar onde ficava a antiga Nínive, arqueólogos encontraram em suas escavações uma representação de “duas mulheres com asas orando diante da árvore sagrada . . . com uma grinalda ou um rosário em sua mão [esquerda]”. — The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica).
Qual é o objetivo de um rosário? A mesma enciclopédia responde: “Em vez de usar os dedos, as pessoas usam um objeto para contar com mais facilidade quantas vezes as orações são repetidas.”
Objetos chamados “rodas de oração” facilitam ainda mais a repetição de orações. Essas rodas podem ser giradas manualmente, pela força do vento, da água ou pela eletricidade. Cada volta equivale a uma oração. Muitas vezes são usadas em combinação com os mantras — fórmulas ou versos místicos. Veja o que Deus pensa sobre isso.
“Não digas as mesmas coisas vez após vez”
Jesus Cristo, considerado um profeta de Deus até mesmo por milhões de pessoas não-cristãs, explicou o conceito do Criador a respeito de orações repetitivas: “Ao orares, não digas as mesmas coisas vez após vez, assim como fazem os das nações, pois imaginam que serão ouvidos por usarem de muitas palavras.” — Mateus 6:7.
Assim, se Deus não aprova que digamos “as mesmas coisas vez após vez”, seria correto usar objetos para ajudar na repetição de orações? De modo algum! Por isso, a Bíblia não faz menção de nenhum servo fiel do Deus verdadeiro que tenha usado rosários, rodas de oração ou outros objetos similares na adoração. A desaprovação de tais objetos fica mais evidente quando entendemos a verdadeira natureza e o objetivo da oração.
Orações que agradam a Deus
Jesus, em sua oração-modelo, referiu-se especificamente a Deus como “Nosso Pai”. Isso deixa claro que nosso Criador não é alguém indiferente ou uma força mística que precisa ser apaziguada por meio de encantamentos, rituais ou mantras. Em vez disso, ele é um Pai amoroso que deseja ser visto como tal e quer ser amado por nós. “Eu amo o Pai”, disse Jesus. (João 14:31) Um profeta do Israel antigo declarou: “Ó Jeová, tu és nosso Pai.” — Isaías 64:8.
Como podemos nos achegar a Jeová, nosso Pai celestial? (Tiago 4:8) Como em qualquer relacionamento, nós nos achegamos a Deus por meio de uma comunicação bidirecional. Deus “fala” conosco pelas páginas de sua Palavra escrita, a Bíblia, por intermédio da qual ele revela suas atividades, sua personalidade e seu propósito para com a humanidade. (2 Timóteo 3:16) De nossa parte, falamos com Deus quando oramos a ele. Não há dúvida de que essas orações devem ser sinceras e pessoais, não formais e ritualísticas.
Pense no seguinte: normalmente, numa família amorosa, como os filhos se comunicam com os pais? Repetem sempre as mesmas palavras ou frases? Usam algum instrumento para contar essas repetições? É claro que não! Pelo contrário, suas palavras são significativas e respeitosas, vindas do coração.
Algo bem parecido ocorre com a oração a Deus. De fato, podemos falar com ele sobre praticamente qualquer coisa que nos preocupa. Filipenses 4:6, 7 diz: “Não estejais ansiosos de coisa alguma, mas em tudo, por oração e súplica, junto com agradecimento, fazei conhecer as vossas petições a Deus; e a paz de Deus . . . guardará os vossos corações e as vossas faculdades mentais.” É claro que, se estivermos ansiosos por causa de alguma coisa, podemos orar sobre o assunto várias vezes. Mas isso não significa repetir a mesma oração palavra por palavra. — Mateus 7:7-11.
A Bíblia tem muitos exemplos de orações que agradam a Deus, incluindo salmos, ou cânticos, e orações proferidas pelo próprio Jesus. (Salmos 17 e 86, cabeçalhos; Lucas 10:21, 22; 22:40-44) Uma dessas orações de Jesus está registrada em João capítulo 17. Por que não tira alguns minutos para ler esse capítulo? Ali, você verá como ele abriu seu coração a Deus. Observará também que Jesus não pensava apenas em si mesmo, mas deixou claro seu profundo amor pelos seus seguidores. Ele disse: “Santo Pai, vigia sobre eles . . . por causa do iníquo [Satanás].” — João 17:11, 15.
Será que as palavras de Jesus ao orar indicam rituais mecânicos e impessoais? De forma alguma! Que excelente exemplo ele deu para nós! Certamente, todos os que desejam se achegar ao Deus verdadeiro devem ter um conhecimento exato dele como pessoa. Daí, motivados pelo amor que resulta desse conhecimento, eles devem rejeitar práticas e costumes religiosos que desagradam a Deus. Jeová diz a tais pessoas: “Eu serei pai para vós e vós sereis filhos e filhas para mim.” — 2 Coríntios 6:17, 18.
[Nota(s) de rodapé]
Na sua oração-modelo, Jesus não disse: “Tendes de orar a seguinte oração”, o que contradiria suas palavras anteriores. Em vez disso, ele falou: “Tendes de orar do seguinte modo.” (Mateus 6:9-13) O que ele queria ensinar? Não a repetição de uma oração específica, mas o modo certo de orar, ou seja, colocando os assuntos espirituais à frente dos materiais.
Embora os salmos fossem cantados em várias ocasiões, eles não eram recitados de uma forma repetitiva como um mantra, nem eram usados em rituais envolvendo rosários ou rodas de oração.
JÁ SE PERGUNTOU?
▪ Será que o conselho de Jesus contra orações repetitivas se aplica ao uso de rosários e rodas de oração? — Mateus 6:7.
▪ O que nossas orações devem revelar sobre como encaramos a Deus? — Isaías 64:8.
▪ Como Deus vai nos considerar se rejeitarmos falsidades religiosas? — 2 Coríntios 6:17, 18.

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