sexta-feira, 2 de março de 2012

Páscoa — devem os cristãos celebrá-la?

Que relação têm estas coisas com Jesus?
QUAL é o seu conceito sobre a Páscoa? Para Alexandra, uma garotinha de 6 anos, do Canadá, significa uma festa. ‘Os amiguinhos convidam a gente para comer bolo’, disse ela. ‘A gente escreve para o coelhinho da Páscoa, se ele lhe trouxe alguns ovos de chocolate.’ Para outros, a ocasião significa pouco mais do que alguns dias extras de folga do trabalho ou dos estudos, um longo fim-de-semana. Todavia, para muitos, a Páscoa é a festa religiosa mais importante do ano, a que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, três dias depois de ele ter sido morto. Mas, como é que Deus encara a Páscoa? Há algo mais envolvido nela do que comemorar-se a ressurreição de Cristo? Se quisermos a aprovação de Deus, é essencial avaliarmos isso.
Não resta dúvida de que a ressurreição de Cristo é vitalmente importante, sendo o âmago do ensino cristão. O apóstolo Paulo sublinhou isto por escrever “Se Cristo não foi levantado, a nossa pregação certamente é vã e a nossa fé é vã. Outrossim, se Cristo não foi levantado, a vossa fé é inútil; ainda estais em vossos pecados.” (1 Coríntios 15:14, 17) Assim, para que nossa adoração agrade a Deus, temos de ter fé na ressurreição de Jesus.
Há outras coisas envolvidas na Páscoa, porém, além de celebrar-se a ressurreição de Cristo. Os homens se apoderaram do significado bíblico da ocasião e acrescentaram símbolos e costumes originários de povos antigos que serviam a deuses falsos. Para exemplificar, considere um bem-conhecido emblema da Páscoa em alguns países - o coelho. “Os pagãos antigos empregavam o coelho qual símbolo da vida nova abundante da época primaveril. . . . O primeiro registro do coelhinho como símbolo da Páscoa é encontrado na Alemanha, por volta de 1572”, afirma The Catholic Encyclopedia for School and Home (Enciclopédia Católica Para a Escola e o Lar). Semelhantemente, o emprego de pãezinhos glaceados tendo por cima uma cruz, ovos de cores brilhantes, ou sininhos de chocolate, na Páscoa, tem suas raízes na religião pagã. E, incrível como pareça, o próprio nome Páscoa (Easter, como usado em alguns idiomas) relaciona-se com uma deidade pagã. The Westminster Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico de Westminster) declara que a Páscoa era “originalmente a festividade da primavera em honra da deusa teutônica da luz e da primavera, conhecida pelos anglo-saxões como Eastre. Tão cedo como no oitavo século, o nome foi transferido pelos anglo-saxões para a festividade cristã destinada a celebrar a ressurreição de Cristo”.
Esta estirpe pagã da Páscoa é amplamente reconhecida e acha-se bem documentada. A questão é Tem importância? Visto que a Páscoa pretende honrar a Cristo, não considera Deus que seus adereços, até o seu próprio nome, acham-se vinculados com a adoração de outros deuses?
O Conceito de Deus Sobre a Páscoa
Nos primeiros dois dos Dez Mandamentos dados por meio de Moisés, Deus disse: “Eu sou Jeová, teu Deus . . . Nunca deves ter quaisquer outros deuses em oposição à minha pessoa . . . porque eu, Jeová, teu Deus, sou um Deus que exige devoção exclusiva.” (Deuteronômio 5:6-9) Não seria tolerada sequer qualquer leve sugestão de adoração falsa, como se viu, vez após vez, na maneira como Deus lidava com a nação de Israel.
Por exemplo, enquanto Moisés ainda se achava no monte Sinai, onde recebeu estes mandamentos gravados em duas tábuas de pedra, os israelitas começaram a misturar símbolos da religião egípcia com sua adoração a Jeová. Depois de coletarem brincos de ouro dentre o povo, fundiram uma estátua de bezerro. Daí, fez-se a proclamação: “Este é o teu Deus, ó Israel, que te fez subir da terra do Egito.” O relato da Bíblia nos informa: “Por fim, Arão [irmão de Moisés] clamou e disse: ‘Amanhã há uma festividade para Jeová.’ Assim, no dia seguinte, levantaram-se cedo e começaram a oferecer ofertas queimadas e a apresentar sacrifícios de participação em comum. Depois o povo se assentou para comer e beber. Levantaram-se então para se divertir.” — Êxodo 32: 1-6.
Da mesma forma que acontece com os celebrantes da moderna Páscoa, os israelitas professavam estar adorando o Deus verdadeiro. Lembre-se, a festa foi chamada de “festividade para Jeová”. Tencionavam associar Jeová com aquela imagem. Todavia, divertiam-se numa festa em que se imitava uma deidade egípcia, talvez Ápis, representado como um touro jovem. Agradou-se Deus disso? De forma alguma. Quase destruiu aquela nação por causa disso’ — Êxodo 32: 7-10.
Similarmente, Deus espera que os cristãos conservem pura e imaculada a sua adoração, nada tendo que ver com costumes, símbolos ou festas ligadas a deuses falsos. À guisa de ilustração: Suponhamos que soubesse que certa faca tinha sido usada para um fim desonroso. O que acharia de usar essa mesma faca para cortar e comer seus alimentos? Deus presenciou em primeira mão as detestáveis práticas pagãs das quais a Páscoa se originou. Não deveria o conceito dele ser o que importa para nós?
Escreveu o apóstolo Paulo: “Que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão? Além disso, que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que quinhão tem o fiel com o incrédulo? E que acordo tem o templo de Deus com os ídolos?” Eis a resposta. Nenhum. Ele prossegue: “‘Portanto, saí do meio deles e separai-vos’, diz Jeová, ‘e cessai de tocar em coisa impura‘; ‘e eu vos acolherei’.” — 2 Coríntios 6:14-17.
Desde os tempos antigos, Deus tem sublinhado que Seu povo o adorasse de forma exclusiva, nada tendo que ver com os acessórios da religião falsa. Os verdadeiros cristãos mostram apreço pela ressurreição de Cristo, não por celebrarem uma festa transferida do paganismo, mas, em vez disso, em sintonia com a ordem de Jesus, por comemorarem a morte dele, e, como Jesus, por procurarem sempre agradar a Deus por adorá-lo com espírito e verdade. — Lucas 22:19; João 4:24.

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