sexta-feira, 2 de março de 2012

É possível ajudar os mortos?

“Desde os primeiros tempos, a Igreja . . . ofereceu sufrágios em . . . favor [dos mortos] . . . a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus.” — “Catecismo da Igreja Católica”.
A PREOCUPAÇÃO pela condição dos mortos é algo comum a homens de todas as raças. Pode ser que você já tenha sentido o pesar e a sensação de vazio causados pela morte de alguém querido. Talvez se pergunte se os que morreram continuam a existir conscientemente, se estão sofrendo ou em paz, ou se há algo que possa fazer para ajudá-los.
Muitas pessoas religiosas acreditam que podem ajudar os mortos. Os hindus, por exemplo, crêem que por cremar o corpo daqueles que amam, às margens do rio Ganges e espalhar as cinzas em suas águas, podem garantir que a alma da pessoa morta atinja a felicidade eterna. No Oriente, os budistas queimam efígies de papel representando carros, casas, roupas e dinheiro acreditando que, depois, o falecido vai conseguir usar esses bens no outro mundo. Na África, bebidas alcoólicas são despejadas à beira da sepultura acreditando-se que tal oferta vai beneficiar o morto.
O catolicismo ensina que a pessoa que morre sem ter se arrependido de um “pecado mortal” perde o favor de Deus. Este estado “é chamado de ‘inferno’”. Por outro lado, ensina que aquele que tem a aprovação de Deus pode esperar obter “felicidade suprema e definitiva” com Ele no céu, mas não antes de ter sido completamente purificado. Para alcançar a purificação, talvez tenha de passar algum tempo no purgatório suportando um “fogo purificador” como punição por pecados passíveis de perdão. No entanto, ensina também que enquanto estiver no purgatório a pessoa pode ser ajudada pelos sufrágios — orações de intercessão oferecidas por meio dos ofícios da Igreja — e também por missas celebradas em seu favor. Tais cerimônias religiosas são geralmente pagas por amigos e parentes do falecido.
É natural querer fazer tudo o que está ao seu alcance para aliviar qualquer sofrimento que aqueles a quem ama possam passar. Mas se fosse possível ajudá-los, não teria Deus explicado de modo claro como fazer isso? Vejamos o que a Bíblia ensina sobre ajudar os mortos.
A condição dos mortos
Todas as práticas mencionadas acima baseiam-se na crença da imortalidade da alma, isto é, de que há uma parte da pessoa que continua viva depois que seu corpo físico morre. É isso o que a Bíblia ensina? Ela diz: “Os viventes estão cônscios de que morrerão, os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada, nem têm mais salário, porque a recordação deles foi esquecida. Também seu amor, e seu ódio, e seu ciúme já pereceram, e por tempo indefinido eles não têm mais parte em nada do que se tem de fazer debaixo do sol. Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol, o lugar para onde vais.” (Eclesiastes 9:5, 6, 10) Essa palavra hebraica Seol refere-se simplesmente à sepultura comum da humanidade.
Sobre a questão de a pessoa estar ou não consciente depois de morrer, o salmista escreveu sob inspiração: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” — Salmo 146:4.
As declarações da Bíblia são abalizadas e lógicas. O que você acha? Um pai amoroso faria seus filhos sofrer por causa de tendências pecaminosas que são parte de sua natureza? (Gênesis 8:21) Claro que não. Então, por que nosso Pai celestial faria algo parecido? Quando alguns no Israel antigo adotaram o ritual pagão de queimar seus filhos em sacrifício a deuses falsos, Jeová condenou tais práticas detestáveis, descrevendo-as como ‘coisas que ele não havia ordenado e que não lhe havia subido ao coração’. — Jeremias 7:31.
Os pecados do homem resultam em morte, não em tormento numa vida após a morte. “O salário pago pelo pecado é a morte”, dizem as Escrituras, e “aquele que morreu foi absolvido do seu pecado”. — Romanos 5:12; 6:7, 23.
Os mortos não estão sofrendo. Em vez disso, é como se eles estivessem num sono profundo, sem consciência, nem de prazer nem de qualquer outra coisa. Não restam dúvidas, então, de que todos os esforços que as pessoas fazem para ajudar os mortos vão contra os ensinamentos da Bíblia.
Qual é a esperança para os mortos?
Isso não quer dizer que as pessoas queridas que você perdeu na morte vão continuar inconscientes para sempre. Pelo contrário, há perspectivas animadoras para elas.
Antes de trazer seu querido amigo Lázaro de volta à vida, Jesus disse que ia ‘despertá-lo do sono’. (João 11:11) Em outra ocasião, ele explicou que “os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão”. (João 5:28, 29) Os ressuscitados já terão sido absolvidos dos pecados que cometeram anteriormente e, portanto, não terão de sofrer pelo que fizeram enquanto estavam vivos. Eles terão a oportunidade de aprender a usufruir a vida em condições perfeitas. Que esperança maravilhosa!
Se a perspectiva de viver nessas condições o atrai, não hesite em comprovar a confiabilidade dessas promessas. As Testemunhas de Jeová terão prazer em ajudá-lo a fazer isso.
JÁ SE PERGUNTOU?
▪ Os mortos estão conscientes? — Salmo 146:4; Eclesiastes 9:5, 6, 10.
▪ Será que Deus permitiria que os mortos sofressem num inferno de fogo? — Jeremias 7:31.
▪ Existe esperança para os mortos? — João 5:28, 29.

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