sexta-feira, 2 de março de 2012

Catástrofes — são castigos divinos?

NAS Filipinas, um país repetidas vezes assolado por catástrofes naturais, muitos se perguntam: ‘Será que Deus testa o homem com tais calamidades?’ Em 1991, após a mais devastadora erupção vulcânica deste século, a manchete dum jornal filipino perguntava: “Erupção: Punição de Deus?”
A colunista Nelly Favis-Villafuerte expressou tal conceito ao escrever: “Entretanto, para os cristãos que crêem na Bíblia — há apenas uma explicação: a erupção vulcânica do monte Pinatubo é uma intervenção divina para lembrar-nos, mais uma vez, de que existe um Deus atemorizante e soberano com poder de controlar os assuntos e os destinos dos homens e das nações.” Em face dessa afirmação, perguntamos:
Julga o Deus Todo-Poderoso Comunidades Hoje em Dia?
Não se pode negar que Deus fez isso no passado. Os exemplos registrados nas Escrituras — o Dilúvio dos dias de Noé, a destruição de Sodoma e Gomorra, e, em duas ocasiões, a destruição de Jerusalém, cidade associada ao Seu grande nome — mostram que o Deus Todo-Poderoso pode trazer punição deliberada àqueles que repetidamente deixam de manter Seus padrões. — Gênesis 7:11, 17-24; 19:24, 25; 2 Crônicas 36:17-21; Mateus 24:1, 2.
Mas que dizer de hoje? Que haveria um período de calamidades mundiais foi predito por Cristo Jesus em Mateus, capítulo 24, Marcos, capítulo 13 e Lucas, capítulo 21. Nesses capítulos, ele forneceu aviso profético de eventos e de condições que estariam associados à terminação deste sistema de coisas, de modo que pessoas refletivas pudessem entender que ele estava governando invisivelmente desde o céu. Tais profecias estão tendo cumprimento hoje. Deve-se observar, porém, que, junto com cada um dos julgamentos acima mencionados, Jeová Deus, antes da destruição, forneceu claros e repetidos avisos. (Amós 3:7) Todavia, no caso das catástrofes naturais que ocorrem em nossos dias, os avisos geralmente procedem de autoridades seculares, baseados em observações científicas.
Além disso, o discípulo Tiago nos informa, no capítulo um de sua carta, versículo 13: “Por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém.” Com a crescente população mundial, o homem passou a viver próximo a muitos perigos em potencial. A demanda de espaço para moradias e para o cultivo de alimentos resulta no desmatamento de áreas que antes eram florestas, contribuindo, às vezes, até mesmo para a intensidade de certas calamidades naturais resultantes de chuvas em excesso e o rápido escoamento.
Portanto, não seria correto dizer que as catástrofes naturais sejam diretamente enviadas pelo Deus Todo-Poderoso como castigo para os que moram nas regiões atingidas. De fato, é fácil perceber que muitas pessoas inocentes, tais como criancinhas, são as que mais sofrem em tempos de aflição. No entretanto, embora o Deus Todo-Poderoso não cause tais calamidades, ainda assim podemos perguntar:
Há Lições Que Podemos Aprender?
Sim. Para os que moram nas regiões atingidas, há o teste de quanto valor dão aos bens materiais, em contraste com a própria vida. Algumas pessoas, nessas ocasiões, têm corrido riscos de vida desnecessários, apenas para salvar uns poucos pertences. Precisamos lembrar-nos de que Jesus declarou: “Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui.” (Lucas 12:15) Bens materiais podem ser recuperados, mas não se pode recuperar a vida. — Mateus 6:19, 20, 25-34.
Catástrofes naturais também fazem as pessoas refletir em como levam a vida. O apóstolo Paulo exortou os cristãos a terem cuidado com o seu modo de proceder: “Portanto, vejam bem como vivem. Não vivam como ignorantes, mas como sábios. Aproveitem bem o tempo porque os dias em que vivemos são maus.” (Efésios 5:15, 16, A Bíblia na Linguagem de Hoje) Toda prova que a pessoa enfrenta na vida é um lembrete da importância de se ter forte fé.
Uma terceira lição que aprendemos das calamidades naturais é que precisamos desenvolver maior sentimento de solidariedade, ou empatia, por outros. Na região da catástrofe, é necessário mostrar preocupação amorosa para com os companheiros de infortúnio, em vez de adotar a atitude de que cada um tem de arranjar-se sozinho. Isto se dá especialmente com aqueles a quem se confiou a responsabilidade de cuidar de outros. O profeta Isaías descreveu os que ele chamou de “príncipes” como “abrigo contra o vento e como esconderijo contra o temporal, como correntes de água numa terra árida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra esgotada”. — Isaías 32:1, 2.
Ao mostrar empatia durante catástrofes, há muitas oportunidades para partilhar com outros o que possuímos, tanto em palavras como em ações. Por exemplo, a erupção vulcânica do monte Pinatubo e suas subseqüentes catástrofes propiciaram incontáveis oportunidades de participar em ajudar aqueles que tiveram de fugir da área do desastre. Muitos careciam até dos meios para obter o alimento diário. Assim, as pessoas puderam mostrar abnegação por ajudar a outros. Todavia, muitos ainda se têm perguntado:
Haverá um Julgamento Final da Humanidade?
Sim, haverá, conforme a Palavra de Deus mostra claramente. (Mateus 24:37-42; 2 Pedro 3:5-7) Antes que ocorra esse julgamento, precisa ser realizada uma obra de aviso mundial, como profetizou Jesus adicionalmente: “Também, em todas as nações têm de ser pregadas primeiro as boas novas.” — Marcos 13:10.
Assim, todos nós precisamos perguntar-nos: ‘O que farei?’ Incentivamo-lo a tomar tempo para investigar o que a Bíblia exorta cada um de nós a fazer, a fim de sobrevivermos a essa calamidade global.

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