sexta-feira, 2 de março de 2012

Como deve ser a sujeição da esposa?

A PALAVRA DE DEUS, a Bíblia, diz em Efésios 5:22: “As esposas estejam sujeitas aos seus maridos como ao Senhor.” Exatamente o que significa isso? Deve a esposa submeter-se sem reservas a todas as vontades do marido? Não pode ela jamais usar sua própria iniciativa nem ter opinião diferente da dele?
Considere o relato bíblico sobre Abigail. Ela agiu com sabedoria, mas contrário aos desejos de seu rico marido, Nabal. Apesar da bondade com que fora tratado pelos seguidores de Davi (escolhido por Deus para ser rei de Israel), Nabal “lançou invectivas sobre eles”. Davi, furioso com essa ingratidão de Nabal, estava disposto a matá-lo. Abigail viu que toda a sua família corria risco. Ela acalmou Davi. Como? — 1 Samuel 25:2-35.
Abigail admitiu a Davi que Nabal era um ‘homem imprestável’, e deu-lhe os suprimentos que Nabal negara a ele. Normalmente, é errado um cônjuge divulgar os defeitos do outro. Era Abigail uma rebelde por falar e agir dessa maneira? Não. Ela tentava salvar a vida de Nabal e de sua família. Não há indícios de que ela costumasse ser desrespeitosa ou independente. E o exigente Nabal nada disse que desabonasse a maneira dela de ajudar na administração de seu grande patrimônio. Mas, naquela crise, a sabedoria ditou que ela tomasse a sua própria iniciativa. Ademais, a Bíblia elogia o gesto de Abigail. — 1 Samuel 25:3, 25, 32, 33.
Muito antes de Abigail, houve ocasiões em que esposas de patriarcas expressaram pontos de vista e tomaram atitudes diferentes das de seus maridos. No entanto, essas “santas mulheres que esperavam em Deus” são apresentadas como modelos de sujeição para a esposa cristã. (1 Pedro 3:1-6) Por exemplo, quando Sara, esposa de Abraão, percebeu que o filho dele, Ismael, se tornara uma ameaça para o filho deles, Isaque, decidiu que Ismael devia ser mandado embora. Isso era “muito desagradável” para Abraão. Mas Deus lhe disse: “Não te desagrade nada daquilo que Sara te está dizendo sobre o rapaz . . . Escuta a sua voz.” — Gênesis 21:11, 12.
É preciso discernimento
Não seria bom, portanto, que a esposa se sentisse compelida a fazer, em nome da sujeição, o que ela sabe ser muito insensato ou uma violação dos princípios divinos. Tampouco deve-se fazê-la sentir-se culpada por tomar a iniciativa num determinado assunto essencial, como fizeram Abigail e Sara.
A sujeição da esposa não significa que ela seja obrigada a aquiescer a tudo o que o marido desejar. O que faz a diferença? Se estiverem em jogo princípios corretos, ela talvez tenha de discordar do marido. Mas, mesmo assim, ela ainda devia demonstrar o espírito de sujeição piedosa.
Naturalmente, a esposa não deve desprezar os desejos do marido só por obstinação, despeito, ou outros maus motivos. É preciso ser discernidora, ter “boa discrição”, como Abigail. — 1 Samuel 25:3.
Quando o marido se esquiva da responsabilidade
O principal alvo e razão de ser da sujeição piedosa da esposa é agradar a Jeová, por cooperar com o marido e apoiar as decisões dele. Isso é um tanto fácil quando o marido é espiritualmente maduro. Pode ser um desafio, caso ele não o seja.
Nesse caso, como pode ela lidar com a situação? Pode fazer um forte apelo ao marido, ou recomendar as decisões que mais beneficiarão a família. Se ela deixa o marido ‘dirigir o navio’, é possível que ele aprimore a sua habilidade. Importunar constantemente o marido viola o espírito da sujeição correta. (Provérbios 21:19) Não obstante, caso a diretriz dele ameace claramente o bem-estar da família, ela pode querer recomendar, como fez Sara, uma correção no proceder.
Caso o marido seja descrente, o desafio da esposa é ainda maior. Mesmo assim, ela deve sujeitar-se, desde que ele não exija dela algo que viole as leis bíblicas. Se ele fizer isso, a reação da esposa cristã deverá ser parecida à dos discípulos de Jesus, quando um tribunal exigiu deles algo que violava os mandamentos de Deus. Eles disseram: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” — Atos 5:29.
Por inexperiência e sabedoria limitada, contudo, até mesmo cônjuges bem-intencionados podem se exceder nas suas funções. Ao marido talvez falte consideração; a esposa talvez insista demais nas suas preferências. O que ajudará? Um conceito modesto sobre si mesmo é importante para ambos, pois “todos nós tropeçamos muitas vezes”. — Tiago 3:2.
Muitos homens apreciarão as sinceras iniciativas da esposa, se ela fizer isso com bom critério. E a cooperação melhora se ambos pedem desculpas quando erram. Assim como Jeová perdoa as nossas falhas diárias, devemos perdoar as dos outros. “Se vigiasses os erros, ó Jah, ó Jeová, quem poderia ficar de pé? Pois contigo há o verdadeiro perdão.” — Salmo 130:3, 4.
‘Sujeitar-se um ao outro’
Visando os nossos melhores interesses, portanto, as Escrituras aconselham: “Estai sujeitos uns aos outros, no temor de Cristo.” Concedam um ao outro o amoroso respeito; evitem criar obstáculos ou competir. O texto continua: “As esposas estejam sujeitas aos seus maridos como ao Senhor, porque o marido é cabeça de sua esposa, assim como também o Cristo é cabeça da congregação.” — Efésios 5:21-23.
O termo grego que Paulo usou em Efésios 5:21, 22 implica sujeição espontânea, não forçada. E a sujeição é no interesse do Senhor, não apenas da harmonia conjugal. A sujeição da congregação ungida de Cristo é voluntária e feliz. Se a esposa fizer o mesmo com relação ao marido, é bem provável que o casamento será feliz e bem-sucedido.
As Escrituras também declaram: “Cada um de vós, individualmente, ame a sua esposa como a si próprio”, sem reservas. (Efésios 5:33; 1 Pedro 3:7) O marido deve lembrar-se de que ele também precisa sujeitar-se ao seu cabeça, pois diz a Bíblia: “A cabeça de todo homem é o Cristo.” Sim, o homem deve sujeitar-se aos ensinos de Cristo, que, por sua vez, também se sujeita ao seu cabeça: “A cabeça do Cristo é Deus.” Assim, todos, exceto Jeová, têm um cabeça. E, mesmo Jeová age dentro de Suas próprias leis. — 1 Coríntios 11:3; Tito 1:2; Hebreus 6:18.
A sujeição cristã é equilibrada e benéfica para ambos os sexos. Resulta na harmonia e na alegria no casamento, que só nosso amoroso Criador pode produzir. — Filipenses 4:7.

3 comentários:

  1. Creio e tenho fé, é tão difícil pra nós que somos falhos, que só queremos agradar a nós mesmos e não ponderamos baseados nos princípios bíblicos, mas não é impossível...obrigada.

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  2. 1 Coríntios 11:3.Este texto mostra-nos como Jeová organizou a sua famí-lia universal.A chefia envolve dois elementos básicos:autoridade e pres-tação de contas.Jeová é "o cabeça", ou a autoridade máxima, e todos os seus filhos, tanto no céu como na Terra, devem prestar-lhes contas

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